Crédito de Carbono na Logística

Por Hugo Bethlem 

Sustentabilidade ambiental é um tema fundamentalmente econômico, mas também tem um impacto vital para a vida na Terra. 

Imagine que toda a humanidade é uma grande empresa. Todos os colaboradores dessa empresa são pessoas e, se não cuidarmos delas, não teremos negócio. 

Os pré-requisitos para que os negócios aconteçam, ou seja, para a sobrevivência dos seres humanos, são: água potável, ar respirável e comida saudável, sendo a emissão de gases poluentes o grande risco para essa empresa. Zerar as emissões de carbono dos negócios, assim como das empresas de transporte de cargas, é uma missão que ganha cada vez mais urgência. 

O site CredCarbo contribui para o debate, reforçando que “a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas tem gerado uma busca incessante por soluções que abordem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de diversas atividades humanas. Nesse cenário, os créditos de carbono emergem como uma abordagem inovadora e vital. 

Em essência, os créditos de carbono representam uma medida quantificável das emissões de dióxido de carbono e outros gases que contribuem para o aquecimento global. Empresas ou organizações que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um nível preestabelecido recebem créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado. Por outro lado, as entidades que não conseguem cumprir suas metas de emissões podem adquirir esses créditos, possibilitando um sistema de trocas que incentiva a redução coletiva de emissões. 

O transporte tem um papel importante nas emissões globais de gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), os óxidos de nitrogênio (NOx) e as partículas suspensas. Essas emissões decorrem principalmente da queima de combustíveis fósseis em veículos movidos a gasolina e diesel. Essas emissões contribuem diretamente para o aumento do efeito estufa, levando ao aquecimento global e às mudanças climáticas. 

Além disso, o transporte rodoviário, aéreo e marítimo também tem impactos negativos na qualidade do ar devido às emissões de poluentes atmosféricos, como o material particulado e o ozônio troposférico. Para mitigar esses impactos, é crucial promover a transição para formas de transporte mais sustentáveis, como veículos elétricos e a utilização de fontes de energia renovável”.  

O aquecimento global e seus impactos devastadores nas Mudanças Climáticas são reais e não podem ser desprezados. Esse último ano tivemos a média mais quente de temperatura global desde a pré-industrialização, além da temperatura média mais quente dos oceanos. Se nosso objetivo de sobrevivência é não permitirmos que a temperatura média do planeta suba 1,5 ºC até 2050, em comparação à pré-industrialização já estamos devendo, pois já chegamos a +1,77ºC. Vamos ter que regredir, pois apenas frear o avanço já não será suficiente. 

É preciso destacar que sustentabilidade ambiental é, antes de tudo, um problema ambiental global, crítico e urgente. 

“No entanto, a história mostra que problemas coletivos cujas soluções demandam ações individuais são resolvidos efetiva e fundamentalmente por meio de instrumentos econômicos que impõem à condição de “não fazer nada” um custo maior do que o custo de “fazer alguma coisa”. Esse é o princípio por trás das regulações em todo o mundo, inclusive no Brasil.” – Rafael Fanchini – founder e CEO da Verda. 

O tema tem sido uma preocupação diária em várias companhias brasileiras, de todos os setores, mas entre ser uma preocupação e fazer algo a respeito tem uma enorme diferença. 

As pressões vêm de todos os lados, desde colaboradores engajados e das novas gerações, clientes, conselhos, agentes reguladores, bancos, agências de rating, bolsa de valores. Não dá para não agir, muito menos ignorar. É fato que as empresas, em todo o Brasil e no mundo, devem assumir a sua responsabilidade no combate ao problema das mudanças climáticas. 

Tenho escrito e dito que as empresas terão que implantar e praticar os pilares do ESG por um dos três Cs: Convicção, Compliance ou Constrangimento. Um mais caro que o outro, em investimento e principalmente em reputação. Gostaria que as decisões fossem por Convicção e, inclusive, algumas empresas líderes e protagonistas até estão trilhando este caminho e deveriam ser copiadas, afinal essa não é uma questão competitiva, mas sim cooperativa.  

Entretanto, muitas empresas farão o movimento por Compliance, para isso o projeto de lei 2148/2015 que estabelece o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Aprovado em dezembro pela Câmara dos Deputados e agora em análise pelo Senado Federal, o objetivo é contribuir para efetivas iniciativas no combate às mudanças climáticas no Brasil. Pode não ser perfeita, mas será muito útil e necessária.  

O desafio 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou em outubro do ano passado a Resolução 193 que dispõe sobre a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas a sustentabilidade ambiental, que tem como base as normas IFRS S1 e S2 publicadas pelo International Sustainability Standards Board – ISSB. 

Pode não ser perfeito, poderíamos ter adotado European Sustainability Reporting Standards – ESRS bem mais amplo e avançado, mas, melhor feito do que perfeito. Com base nessa resolução, as empresas de capital aberto serão obrigadas a publicar tal relatório, assegurado por auditor independente, a partir de 1 de janeiro de 2026. 

O grande desafio, que a maioria das empresas ainda não tem respostas claras e economicamente viáveis é a transição para descarbonização da economia até, no máximo, 2050. Lembramos que Sustentabilidade é um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. 

É a capacidade de uso dos recursos naturais sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. 

Para que o Brasil alcance a condição “net zero” até 2050 leia-se o conjunto das empresas que operam no Brasil, mais o Agrobusiness , a forma como as empresas operam vai ter de mudar radicalmente. Sendo objetivo, as empresas que operam no país vão precisar “zerar” suas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.  

Trata-se de um processo profundo de substituição tecnológica a ser implementado por todos os setores da economia, com impactos em toda economia e processos produtivos. E sim, isso vai demandar uma quantidade enorme de capital para que todas as empresas se adequem à inevitável realidade que está chegando. 

De onde virão os recursos, que não serão poucos? Alguma pequena parcela virá dos incentivos governamentais, até por uma questão de competição externa, mas não nos enganemos: o grande montante deverá vir das próprias empresas, de como elas geram o seu lucro e de quanto vão investir para continuar gerando lucro, pois afinal, sem pessoas e sem planeta, não há business e muito menos lucro. 

Um dos segmentos econômicos mais importantes da economia, o transporte de carga, tem uma responsabilidade importante sobre o desafio e, consequentemente, sobre a solução. No Brasil, trata-se da quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

O segmento do transporte de carga é um dos mais pujantes e importantes da economia brasileira, com dimensões continentais em estradas precárias. Ligam todo território brasileiro levando todo tipo de produtos a quem precisa, incrementando o comércio e gerando riqueza e bem-estar.  

Sem o setor de transporte de cargas, o Brasil não seria uma potência emergente. No Brasil, ao mesmo tempo que presta um serviço relevante e indispensável, também é a quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

Porém, essa não pode ser uma responsabilidade apenas atribuída ao setor de transporte de carga, deve ser compartilhada e também assumida em boa parte pelos embarcadores, ou seja, os contratantes das empresas de transporte de carga para, zerar as emissões de carbono do escopo 3 (que são as emissões de gases de efeito estufa originadas de operações comerciais por fontes que não são de propriedade ou controladas diretamente por uma organização, como cadeia de suprimentos, transporte, uso ou descarte de produtos). 

Voltamos a falar da visão cooperativa ao invés de competitiva. Com isso, o setor embarcador está começando a se movimentar para contribuir com a solução do problema. Um aspecto notável é que uma parte considerável dos planos de descarbonização dos embarcadores depende da descarbonização dos seus provedores de transporte. Essa é a origem das crescentes pressões percebidas pelos operadores de transporte no sentido de reduzirem suas pegadas de carbono. Ou seja, estamos falando de economia circular e de “causa e efeito”. 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030 da ONU existem por consequência de nossas atitudes do passado (e ainda, em muitos casos, do presente), focadas no paradigma Escassez X Egocentrismo. 

Os principais desafios ambientais e sociais que conhecemos, poderiam ser solucionados pela Inteligência Artificial a serviço do ser humano? Ou a capacidade dos cientistas, acadêmicos e centros de pesquisa corporativos, poderiam trazer soluções? O desafio está, sobretudo, no fato das lideranças ainda estarem se letrando sobre o tema e seu caráter inadiável. 

Na Logística, a construção de um ambiente cooperativo entre embarcadores/contratantes do transporte de carga e operadores de transporte é a chave no processo de descarbonização: com a disponibilização de planos de descarbonização pelos operadores logísticos, e para os embarcadores a abertura para rever seus processos atuais. 

Não existem soluções fáceis, pois se existissem já tínhamos resolvido o problema. Não há recursos para uma transformação tecnológica rápida (caminhões a diesel para elétricos ou híbridos), então as empresas precisam inovar, cooperar, serem vulneráveis para pedir ajuda, integrar todos stakeholders na solução do problema, ter humidade para aprenderem e serem arrojadas para avançarem. 

Gosto de uma proposta da Osklen que dei uma pequena incrementada: 

ASAP*3  

As Sustainable as Possible; 

As Soon as Possible; 

As Simple as Possible.  

  “Nem tudo que é encarado, pode ser mudado, mas nada poderá ser mudado se não for encarado” – James Baldwin  

  “Os Negócios são uma forma organizada, escalável, gratificante e autossustentável para os serem humanos se desenvolverem e servirem aos outros, sem causar danos no processo” – Raj Sisodia  

Se você não preparar o seu futuro, hoje, terá que encarar o futuro que vier.  

Hugo Bethlem

Cofundador e Presidente do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, Conselheiro de Empresas e ONGs, Advisor em ESG, palestrante e membro do Comite de ESG da Abralog.

Maximizando a eficiência energética na logística 

Por Arthur Rodrigues

No cenário competitivo da logística moderna, a eficiência energética é um diferencial crucial para o sucesso das empresas. Neste artigo, vamos explorar os principais pontos da eficiência energética na logística e como o Mercado Livre de Energia pode desempenhar um papel fundamental nesse processo. Além disso, destacamos como a parceria entre a Newave e a G2L está trazendo soluções inovadoras para esse desafio.

Utilização de tecnologia avançada

Investir em tecnologias avançadas é essencial para otimizar a eficiência energética na logística. Sistemas de gestão de frota e rastreamento em tempo real permitem um melhor controle do consumo de combustível e a identificação de oportunidades de melhoria.

Otimização de processos logísticos

Revisar e otimizar os processos logísticos pode levar a uma redução significativa no uso de energia. Desde o planejamento de rotas mais eficientes até a implementação de práticas de carga inteligente, cada etapa do processo pode ser ajustada para maximizar a eficiência energética. 

Transição para fontes de energia sustentáveis 

A adoção de fontes de energia sustentáveis, como energia solar ou eólica, pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir a pegada de carbono da logística.

Explorando o mercado livre de energia 

O Mercado Livre de Energia oferece às empresas a oportunidade de negociar contratos de energia mais flexíveis e competitivos.

Ao migrarem para esse modelo, as empresas podem reduzir significativamente seus custos com energia elétrica, em até 30%, ao mesmo tempo em que ganham maior controle sobre o consumo energético.

Isso não apenas contribui para a eficiência geral do negócio, mas também proporciona uma vantagem competitiva no mercado.

A eficiência energética na logística é essencial não apenas para reduzir custos operacionais, mas também para mitigar os impactos ambientais. Ao adotar tecnologias avançadas, otimizar processos, explorar fontes de energia sustentáveis e aproveitar as oportunidades do Mercado Livre de Energia, as empresas podem alcançar novos patamares de eficiência e competitividade.

Para saber mais sobre como a Newave e a G2L estão liderando o caminho em eficiência na logística, visite seus sites: Newave e G2L.

Arthur Rodrigues 

Arthur, líder do canal Gerdau dentro da Newave energia, tem o propósito de construir uma sinergia que leve mais valor para nossos clientes e nos diferenciar dentro do mercado. 

9 Hábitos para preservar sua saúde mental em longas viagens 

Por Redação 

Encarar longas viagens de caminhão é um desafio único, onde as estradas se tornam rotina e a solidão pode pesar. Em meio a quilômetros de asfalto, a saúde mental dos caminhoneiros merece atenção especial. Você já se perguntou o que fazer para preservar o equilíbrio emocional durante essas jornadas intensas? 

Neste breve guia, exploraremos 9 Hábitos para preservar sua saúde mental em longas viagens. Descubra estratégias práticas e inspiradoras que podem transformar sua experiência na estrada, proporcionando bem-estar mental e emocional. Embarque conosco nesta jornada de autocuidado, onde a saúde mental se torna uma prioridade. 

Continue a leitura e descubra como transformar cada quilômetro em um passo em direção ao bem-estar emocional. 

Hábitos para sua saúde mental 

  • Crie uma rotina equilibrada: Estabeleça horários regulares para alimentação, descanso e exercícios. Uma rotina estruturada ajuda a manter o equilíbrio e a reduzir o estresse durante as viagens. 
  • Conecte-se com a natureza: Aproveite as paradas para momentos ao ar livre. A natureza tem um poder tranquilizante, proporcionando uma pausa revigorante na intensidade da estrada. 
  • Mantenha contato com entes queridos: Utilize a tecnologia para manter laços afetivos. Em momentos de pausa, chamadas de vídeo e mensagens podem ser uma ponte vital entre a solidão da estrada e o conforto familiar. 
  • Entretenimento positivo e seguro: Invista em audiobooks, podcasts inspiradores ou playlists animadas para passar o tempo. As opções em áudio são valiosas, já que não emitem estímulos visuais e garantem seus olhos e atenção fixos na estrada. O entretenimento pode ser um companheiro valioso, tornando a jornada mais leve e agradável. 
  • Foco na alimentação saudável: Faça escolhas conscientes em relação à alimentação. Opte por refeições equilibradas para manter a energia e promover o bem-estar físico e mental. Os alimentos exercem muito impacto no nosso senso de humor, atenção e fadiga mental. 
  • Planeje paradas estratégicas: Programe paradas regulares em locais interessantes. Explorar novos lugares e culturas pode adicionar um toque de aventura às suas viagens. 
  • Pratique exercícios simples: Mesmo em espaços limitados, exercícios simples como alongamentos podem melhorar a circulação e aliviar a tensão acumulada. 
  • Promova o companheirismo: Converse com outros caminhoneiros em paradas. O compartilhamento de experiências pode criar laços sociais valiosos, combatendo a solidão. 
  • Esteja atento aos sinais de estresse: Reconheça sinais precoces de estresse e procure ajuda quando necessário. A conscientização é a chave para manter a saúde mental em equilíbrio. 

Adotar esses hábitos não apenas preserva a saúde mental, mas também transforma a jornada na estrada em uma oportunidade de crescimento pessoal. Afinal, cada quilômetro percorrido pode ser uma jornada em direção ao bem-estar integral. 

Em cada estrada, em cada quilômetro, sua saúde mental merece atenção. Adotar hábitos simples pode transformar a solidão da estrada em oportunidades de cuidado pessoal. Mantenha uma rotina equilibrada, conecte-se com a natureza, e lembre-se sempre da importância da família.  

Seja um motorista que se preocupa com seu bem-estar, cuidando da mente e do corpo. Acompanhe mais dicas e conteúdos em nossas redes sociais, sempre como @logisticag2l. 

Compartilhe esse conhecimento valioso e junte-se a nós na promoção da saúde mental nas estradas! 

A estrada pode ser longa, mas sua jornada pode ser mais saudável e equilibrada. Cuide de você, cuide da sua mente. Até a próxima parada! 

Produtividade no ambiente de trabalho 

Por Carolina Tau – Especialista de Treinamento 

Em um mundo cada vez mais acelerado e hiper conectado, a produtividade no trabalho é um dos elementos chave para o sucesso profissional.

O tempo é um recurso importante e nada pode ser feito sem ele. Quem não cuida do seu tempo, acaba perdendo oportunidades e deixando de realizar tarefas necessárias.

Quando pensamos em produtividade e gestão do tempo, precisamos levar em consideração que a utilização do tempo é sempre uma escolha e quem faz boas escolhas acaba sendo mais produtivo.

Aqui estão algumas estratégias e ferramentas que podem ser úteis para melhorar o aproveitamento do seu tempo e, consequentemente, aumentar a produtividade:

Planejamento e organização 

Um bom planejamento é fundamental para garantir a produtividade. Metas claras e listas de tarefas diárias ou semanais podem ajudar a manter o foco. Utilizar ferramentas como agendas, aplicativos ou softwares de gerenciamento de tarefas ajudam na organização de suas atividades e controle de progresso. Lembre-se de revisar seu planejamento periodicamente.

Bons exemplos de ferramentas que ajudam no planejamento e organização de tarefas são o Trello e o Todoist. Com eles, você pode criar listas de tarefas, definir prazos e organizar suas atividades diárias.

Foque no que é importante 

Nem todas as tarefas têm a mesma importância. Aprender a identificar e priorizar as atividades mais relevantes é fundamental para direcionar sua energia para o que realmente importa. Uma técnica que pode ser utilizada é a de dividir as tarefas em categorias, como urgente, importante e não urgente. A partir disso, você deve focar primeiro nas atividades urgentes e importantes. Além disso, tenha cuidado para não se sobrecarregar com mais tarefas do que pode cumprir. Aprender a dizer não é fundamental

Focar no que é importante fica mais fácil se você usa ferramentas como Asana e Notion. A partir delas, você tem grande liberdade para organizar e priorizar as tarefas a serem realizadas. Assim, você garante que as atividades serão realizadas de forma inteligente e sistemática.

Gestão do tempo 

Para aproveitar melhor o seu tempo, identifique os períodos de maior produtividade durante o dia e os escolha para a realização de tarefas mais complexas. Utilizar técnicas de gerenciamento de tempo, como a técnica Pomodoro, que consiste em trabalhar por períodos concentrados, seguidos de pequenas pausas, pode aumentar o foco e a produtividade.

E para ajudar você a aplicar a técnica Pomodoro, você pode experimentar ferramentas como Focus Booster ou Tomato Timer, temporizadores para controlar os períodos de foco com as pequenas pausas.

Eliminação de distrações 

As distrações são inimigas da produtividade. Saiba quais são as principais fontes de distração no seu ambiente de trabalho e faça algo para minimizá-las. Isso pode incluir desligar as notificações do celular, fechar abas desnecessárias no navegador da web ou encontrar um local tranquilo onde possa se concentrar.

Forest é um aplicativo que incentiva a concentração e te ajuda a eliminar distrações ao bloquear o acesso a certos aplicativos no seu celular durante o período de trabalho.

Delegação e automação 

Uma dica valiosa para a produtividade é: não tente fazer tudo sozinho. Delegue tarefas que podem ser realizadas por outras pessoas e libere seu tempo para concentrar-se nas atividades mais importantes. Aproveite as ferramentas de automação disponíveis para agilizar o que é recorrente.

No intuito de delegar e automatizar, você pode usar ferramentas como o Zapier, uma plataforma de automação que integra várias ferramentas, permitindo a automação de processos e economizando tempo em tarefas repetitivas. E até mesmo o ChatGPT para realizar tarefas como escrever e-mails, preencher tabelas e muito mais.

Equilíbrio entre trabalho e descanso 

É importante encontrar um equilíbrio entre o trabalho e o descanso para evitar o esgotamento e a diminuição da eficiência. Faça pausas regulares durante o dia, reserve tempo para relaxar e recarregar as energias fora do ambiente de trabalho.

Nesse caso, a ferramenta Focus@Will pode te ajudar ao fornecer músicas específicas para melhorar a concentração, criando um ambiente propício para o trabalho, enquanto também incentiva pausas regulares para manter o equilíbrio.

Com exceção do Focus@Will, que disponibiliza apenas um teste grátis por período limitado, todas as outras ferramentas e aplicativos citados nesse artigo oferecem versões básicas e gratuitas para você usar e ver qual se adapta melhor às suas necessidades. Faça os testes e veja qual opção pode te ajudar a manter uma rotina saudável e produtiva. 

Esses são apenas alguns exemplos de estratégias e ferramentas para gestão do tempo, porém, cada pessoa é única e deve experimentar até encontrar a estratégia que funciona melhor para você. A produtividade não se trata de fazer mais, mas de fazer o que importa de forma eficaz

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Panorama da Gestão Logística na Atualidade 

Por Prof. Manoel de Andrade e Silva Reis – FGV 

A logística tem se tornado cada vez mais um fator estratégico para o bom desempenho dos negócios de um país, de sua competitividade internacional e da competividade das organizações. 

Sua evolução depende de fatores essenciais como a infraestrutura física de transportes do país – essencial para a utilização adequada e equilibrada dos diversos modais de transporte -, bom comportamento de sua economia, redução da burocracia, custo dos combustíveis, racionalização e redução dos impostos, simplificação dos controles nas fronteiras interestaduais, além de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG). 

A implementação efetiva de muitos desses elementos está intrinsecamente ligada às decisões tomadas pelos três níveis de governo, pelo Congresso Nacional e pelo Judiciário. Nesse contexto, é imperativo que o setor privado intervenha de maneira proativa e organizada, buscando facilitar a concretização dessas medidas em prazos apropriados. 

Em termos de infraestrutura física de transportes, o Brasil ocupa no mundo uma posição não condizente com seu porte como país, o que é um contrassenso, tendo em vista que nossa economia tem, nos últimos anos, se situado entre a 8ª e a 10ª economia do mundo e a infraestrutura de transportes do país situa-se no entorno da 70ª posição. 

A matriz brasileira de transporte de cargas conta com a seguinte participação aproximada dos diversos modais de transportes: rodoviário 61%, ferroviário 20%, cabotagem 12% dutoviário 4%, fluvial 2%, aéreo 1%, segundo dados da CNT. Uma alta participação do rodoviário, cuja rede é ainda insuficiente e em grande parte de baixa qualidade. 

Em comparação, a matriz de transportes dos Estados Unidos tem: rodoviário 31%, ferroviário 37%, aquaviário 10% e outros 22%. É notável a diferença expressiva com uma grande participação do ferroviário. 

No Brasil, a pouca utilização do ferroviário se explica pela baixa disponibilidade de linha, totalizando aproximadamente 30 mil km (excluídas as linhas destinadas ao transporte urbano). Essa restrição está prestes a ser superada com a promulgação da Lei nº 14.273/2021, que agora possibilita às empresas solicitar diretamente ao governo federal autorizações para a construção de ferrovias em todo o país, rompendo com a antiga necessidade de participar exclusivamente de leilões conduzidos pela ANTT. 

Fatores direcionadores 

Dentro deste contexto, há diversos fatores que podem ser úteis para os profissionais e empresas de logística no Brasil e seus usuários. 

  • E-Commerce: Atualmente o e-commerce no Brasil tem sido utilizado de forma extensiva, responsável por 42% do comércio online na América Latina. Profissionais do e-commerce e da logística precisam acompanhar a evolução das tendências para melhor escolha nas tomadas de decisão. 
  • Políticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG): Sigla, em inglês, que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. De forma resumida, a ESG serve como parâmetro para orientar as empresas na aplicação dos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa, que podem trazer diversos benefícios para a percepção de valor das empresas operadoras e usuárias de logística. Empresas, governos e pessoas serão crescentemente cobrados para exercer a prática do ESG. 
  • Logística como Serviço (LaaS – do inglês Logística as a Service): A logística tornou-se uma capacidade vital para as empresas e tem custos elevados, especialmente em virtude das necessidades de investimentos. A terceirização das operações logísticas por usuários, para empresas confiáveis e competentes exige controle, mas permite a rápida atualização dos processos operacionais, praticamente sem investimentos. 
  • Transporte de Longa Distância e Última Milha: O transporte de longa distância é em geral feito por veículos de maior porte (carretas, trens, embarcações marítimas ou fluviais), buscando reduzir os custos do transporte pelo grande volume transportado. Já o transporte final ao cliente, normalmente designado “última milha”, é realizado por veículos de menor porte, e corresponde a um custo por unidade de carga, em geral superior ao custo unitário do transporte de longa distância. 
  • Crescimento do Setor de Transportes x Crescimento da Economia: Uma informação importante é que na medida que a economia cresce 1%, o setor de transportes cresce 2%, servindo isso como referência para prestadores de serviço logístico, no tocante à gestão de suas frotas e capacidades logísticas. 
  • Logística em Tempo Real e Torre de Controle: A principal providência para o bom andamento do processo logístico de uma empresa é aumentar a visibilidade de toda sua cadeia de abastecimento, o que tem sido possível através do conceito de Torre de Controle, já utilizado por diversas organizações. De maneira prática, a torre de controle é uma central de integração que reúne e dá acesso, em tempo real, às informações das operações de uma empresa e permite a visualização e o controle das principais atividades de uma cadeia de abastecimento. 
  • Logística 4.0: A logística 4.0 é a automação e o uso da tecnologia dentro de todas as etapas que compõem a logística. Com softwares e tecnologias que auxiliam cada parte da cadeia de abastecimento, a logística 4.0 oferece aos profissionais dessa área a chance de automatizar seus processos e economizar tanto recursos físicos quanto financeiros. 
  • SLA (Service Level Agreement) – Acordo de Nível de Serviço: O Acordo de Nível de Serviço pode ser definido como um documento responsável por formalizar termos de serviço e, quando bem aplicado, garante não só uma operação mais efetiva, como também um relacionamento mais saudável com clientes e fornecedores da sua empresa. O SLA transmite segurança na execução dos acordos e serviços, tanto para o contratante quanto para o contratado, garantindo a transparência e o cumprimento de tudo que foi acordado. 
  • Gestão de Riscos: O tema riscos vem ganhando importância crescente, tendo em vista que gestores são cada vez mais pressionados para melhorar a eficiência de suas cadeias de abastecimento, fazendo os materiais fluírem de forma rápida e a baixo custo, o que induz a criação de novos métodos que tendem a aumentar a vulnerabilidade das cadeias. De maneira geral, esses gestores têm que lidar constantemente com atrasos em entregas, acréscimos de preços, incidentes internos nas organizações, acidentes em rodovias e congestionamentos de tráfego, desastres naturais e uma série de outras ocorrências. Muitos eventos podem afetar o desempenho das cadeias de abastecimento longas e complexas e esses eventos inesperados caracterizam os riscos.  A Gestão de Riscos na Cadeia de Abastecimento é a função responsável por fazer sua gestão. 
  • Resiliência: Resiliência é a capacidade de reagir adequadamente em situações difíceis ou de fontes significativas de estresse. Na prática, significa que diante de uma adversidade, a pessoa utiliza sua força interior para se recuperar com leveza e sabedoria. Este conceito é essencial na gestão empresarial moderna, que traz no dia a dia momentos de tensão de várias origens. 

Em suma, a gestão logística contemporânea revela-se como uma trama intricada, onde fatores como infraestrutura, economia, ESG, tecnologia e resiliência se entrelaçam para moldar o cenário. A resiliência, inerente à natureza do setor, assume papel crucial em meio a adversidades. Que este panorama inspire reflexões e ações, impulsionando a busca por soluções inovadoras que promovam a eficiência e a sustentabilidade na gestão logística, contribuindo para o progresso econômico e social. 

Espero que este conjunto de conceitos em logística e fatores direcionadores sejam uma inspiração para você, leitor. 

Quem é Manoel Reis  

Atua na FGV Projetos, uma entidade da Fundação Getúlio Vargas que presta consultoria a empresas e governos, nas mais diversas áreas. Manoel Reis é consultor e professor de Logística e Supply Chain. Engenheiro Naval e Mestre pela Escola Politécnica USP e Ph.D pelo MIT. 

Viviane Freitas e sua Trajetória de Autodeterminação até a Liderança em RH

Por Viviane Freitas

À medida que mais mulheres assumem papéis de liderança em diversos setores, o tema torna-se cada vez mais relevante e inspirador. A liderança feminina não se trata apenas da representação das mulheres em cargos de poder, mas também das características e qualidades únicas que elas trazem para o mundo dos negócios e outras esferas.

Minha jornada profissional iniciou cedo, aos 14 anos. Essa decisão foi muito incentivada pela minha mãe, que acreditava firmemente na independência como uma das maiores conquistas na vida de uma mulher. Naquela idade, embarquei em uma jornada desafiadora, mas emocionante. Precisei dividir meu tempo entre os estudos e o trabalho, determinada a me tornar independente e construir meu próprio caminho.

Os primeiros anos foram repletos de aprendizado. Cada desafio era também uma lição sobre resiliência, responsabilidade e persistência. A independência financeira era apenas uma parte do que eu buscava; tratava-se de conquistar meu espaço, encontrar minha voz, defender minhas opiniões e me posicionar com confiança e determinação.

Ao longo dos anos, enfrentei vários obstáculos e desafios. No entanto, encontrei pessoas e líderes incríveis pelo caminho que me ajudaram a superá-los. Aprendi que independência não é apenas sobre ter um emprego, mas sobre ser dona do meu destino, tomar minhas próprias decisões e moldar minha vida.

Hoje, vejo minha trajetória como um testemunho de força, resiliência e autoconfiança. Não foi apenas sobre o trabalho precoce, mas sobre a jornada de autoconhecimento, crescimento pessoal e a constante busca por igualdade e evolução. Trago estas competências no meu dia a dia como líder de gestão de pessoas, ciente de que minha jornada está longe de terminar, com a esperança de inspirar as pessoas ao meu redor a se desafiarem, conquistarem seu espaço e alçar o futuro que desejam.

Mônica Araújo – DHO G2L

Na G2L, temos atuado fortemente na criação de um ambiente que proporcione oportunidades de aprendizado constantes para nossos líderes. Sabemos que cada um já traz consigo um valioso background de experiências, referências e formações que agregam muito ao nosso negócio, como é o caso da Viviane.

O objetivo é mantê-los em desenvolvimento contínuo, desta forma seremos capazes de atender cada vez melhor nossos clientes, viabilizar nossa estratégia e inspirar cada um de nossos colaboradores a também seguirem numa jornada de aperfeiçoamento contínuo.

Gostou do texto e quer saber mais sobre a trajetória da Viviane? Clique aqui para se conectar com ela no LinkedIn. Compartilhe esse artigo inspirador com outras pessoas e acompanhe nossos outros conteúdos nas redes sociais, sempre como @logisticag2l!

Joice Mata e os Desafios da Liderança Feminina em finanças

Por Joice Mata

A participação de mulheres em cargos de liderança cresceu de 21% para 26% entre 2017 e 2023, de acordo com a pesquisa Panorama Mulher, realizada pela Talenses em parceria com o Insper. Esse dado não deixa dúvidas de que houve avanços rumo à equidade de gênero no meio corporativo.

No entanto, esse avanço é frágil, especialmente quando consideramos que menos de 20% das mulheres ocupam cargos de alta gestão, de acordo com a mesma pesquisa da Talenses. O principal desafio agora é promover mulheres para o primeiro cargo de gestão.

A minha trajetória no mundo corporativo começou aos 20 anos, integrando uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo como assistente na área de finanças. Aos 28 anos, alcancei minha primeira posição de liderança e, aos 34, ascendi a cargos de alta gestão. Foram 19 anos de conquistas e desafios, com uma jornada marcada pela determinação.

Ser uma líder no setor financeiro significa fazer parte de uma minoria. Atualmente, apenas 10% dos CFOs (Chief Financial Officers) são mulheres, segundo pesquisa da companhia de recrutamento Assetz. O número é ainda menor entre as empresas listadas na Bolsa de Valores nos últimos seis anos, com apenas 3,8%.

Esse cenário pode ser visto em empresas de todos os setores, mas isso não me fragiliza, muito pelo contrário. Isso me enche de orgulho e força em saber que somos capazes de ser e estar onde quisermos estar.

Independente do desafio de gênero, e tendo em vista que hoje ele é uma realidade ainda bem presente, poder inspirar outras mulheres com a minha história com certeza me faz ter ainda mais vontade de continuar avançando.

Em minha trajetória, vivenciei o quanto os desafios se intensificam à medida que avançamos na carreira. Sou prova viva de que esses obstáculos dificultam, mas não impedem nossas conquistas, principalmente quando sabemos do nosso valor e onde queremos chegar.

Nos últimos anos, aprendi que não podemos depender apenas do meio em que vivemos. Nós, mulheres, precisamos cada vez mais assumir um compromisso conosco.

Devemos parar de subestimar nossas habilidades e aceitar um cenário no qual estamos sempre “sobrecarregadas e comprometidas demais”. Precisamos falar sobre nossos pontos fortes e defender nossas ideias, independentemente da quantidade de homens e mulheres na “mesa”.

Mesmo que essa mudança de postura individual não seja capaz de resolver sozinha todos os nossos problemas, certamente é parte integrante desse processo.

A liderança feminina em finanças vem ganhando cada vez mais força pelo domínio da comunicação efetiva como um dos nossos principais atributos.  A clareza nas expectativas e a habilidade de resolver problemas são qualidades cruciais para lidar com investidores e acionistas, além de formar equipes focadas em resultados. Nossas habilidades únicas em adotar um tom de comunicação assertivo e empático contribui para esse sucesso.

Hoje, na G2L, faço parte de um grupo equilibrado, com a alta liderança composta por 50% de mulheres e 50% de homens. Esse equilíbrio é um avanço notável, especialmente no setor logístico, onde a presença masculina tende a ser mais acentuada. A combinação de habilidades tipicamente femininas e masculinas é fundamental para alinhar objetivos e atingir metas.

Minha história sempre foi pautada em “jogar para vencer” e não em “jogar para não perder”. Investir tempo na construção de um futuro desejado, focando na carreira e acreditando no potencial pessoal, é o conselho que deixo para todas as mulheres que almejam posições de liderança. Foquem em vocês mesmas e na realização de seus objetivos. A diferença entre essas abordagens pode parecer sutil, mas é o que define uma jornada de sucesso.

Mônica Araújo – DHO G2L

Na G2L, temos atuado fortemente na criação de um ambiente que proporcione oportunidades de aprendizado constantes para nossos líderes. Sabemos que cada um já traz consigo um valioso background de experiências, referências e formações que agregam muito ao nosso negócio, como é o caso da Joice.

O objetivo é mantê-los em desenvolvimento contínuo, desta forma seremos capazes de atender cada vez melhor nossos clientes, viabilizar nossa estratégia e inspirar cada um de nossos colaboradores a também seguirem numa jornada de aperfeiçoamento contínuo.

Gostou do texto e quer saber mais sobre a trajetória da Joice? Clique aqui para se conectar com ela no LinkedIn. Compartilhe esse artigo inspirador com outras pessoas e acompanhe nossos outros conteúdos nas redes sociais, sempre como @logisticag2l!

A inspiradora jornada de Claudia Borges na Tecnologia

Por Claudia Borges

Será que representatividade importa? Será que uma liderança diversa pode contribuir com a multiplicidade de ideias ou até mesmo servir de inspiração para outras pessoas? Sim, sou uma prova viva de que usufruir dessa representatividade pode moldar e impulsionar o início de uma carreira sólida em tecnologia.

Certo dia, a Claudia adolescente, curiosa com tudo que era tecnológico e com várias dúvidas sobre sua carreira, estava assistindo à Sessão da Tarde (quem lembra?!). Na tela, um filme sobre hackers tinha Sandra Bullock como protagonista.

Ao longo da trama, fiquei maravilhada ao ver uma mulher trabalhando em computadores e escrevendo códigos, desafiando a imagem predominantemente masculina que eu associava a essa área até aquele momento.

Pronto! Bastou ver aquele exemplo, mesmo que em uma obra de ficção, e a decisão já estava tomada: eu iria iniciar minha carreira em Tecnologia da Informação.

Na tão sonhada faculdade, deparei-me com uma sala de aula majoritariamente masculina. Nesse mesmo período, fui convidada a integrar o time de TI da empresa onde trabalhava e sonhava estar. Éramos apenas duas mulheres em uma equipe de mais de vinte profissionais.

Outra surpresa ocorreu quando iniciei meu primeiro MBA na USP, também voltado para tecnologia, e percebi que era a única mulher na turma. No entanto, nada disso me abalou. Hoje, faço parte de um grupo de mentoras profissionais, apoiando jovens líderes em sua evolução de carreira na área de TI.

Pude me enxergar como um exemplo quando era questionada por jovens em busca de respostas em suas trajetórias. As perguntas eram diversas: se eu havia sentido medo no início da carreira, se havia enfrentado preconceitos por ser mulher no mercado de TI ou se indicaria essa profissão a outras mulheres. Minhas respostas foram sempre afirmativas – sim, sim e sim. A desistência nunca foi uma opção.

Defendo veementemente a promoção da diversidade de gênero na liderança, pois isso não apenas enriquece as perspectivas, mas também estimula a criatividade, resultando em estratégias empresariais mais eficazes.

A diversidade de gênero intensifica a geração de ideias inovadoras, permite a gestão simultânea de diversos assuntos e facilita a colaboração entre times multidisciplinares para alcançar soluções mais eficazes.

Como sempre digo, só vamos!!! Avancemos juntos, desafiando estereótipos e construindo um futuro mais diversificado e inclusivo na tecnologia.

Mônica Araújo – DHO G2L

Na G2L, temos atuado fortemente na criação de um ambiente que proporcione oportunidades de aprendizado constantes para nossos líderes. Sabemos que cada um já traz consigo um valioso background de experiências, referências e formações que agregam muito ao nosso negócio, como é o caso da Claudia.

O objetivo é mantê-los em desenvolvimento contínuo, desta forma seremos capazes de atender cada vez melhor nossos clientes, viabilizar nossa estratégia e inspirar cada um de nossos colaboradores a também seguirem numa jornada de aperfeiçoamento contínuo.

Gostou do texto e quer saber mais sobre a trajetória da Claudia? Clique aqui para se conectar com ela no LinkedIn. Compartilhe esse artigo inspirador com outras pessoas e acompanhe nossos outros conteúdos nas redes sociais, sempre como @logisticag2l!

Demandas de final de ano: sua empresa está preparada? 

Por Redação

A temporada de compras de fim de ano é um período crucial para o varejo e o comércio eletrônico, quando aumentam as buscas por melhores ofertas e produtos. Com a Black Friday e outras datas festivas ganhando cada vez mais importância tanto para consumidores quanto para comerciantes, a logística desempenha um papel vital na preparação e execução bem-sucedida dessas operações. 

Uma pesquisa da MField revela uma perspectiva otimista para a Black Friday deste ano no Brasil, com 75,6% dos brasileiros planejando realizar compras, o que representa um aumento de 32,2% em comparação ao ano anterior. Além disso, de acordo com um estudo do Google, 7 em cada 10 consumidores têm a intenção de manter ou aumentar seus orçamentos em relação a 2022, e 1 em cada 4 deles planeja gastar mais de mil reais. 

Neste artigo, vamos explorar as estratégias essenciais para preparar as operações para essa alta demanda e como a logística deve se adaptar neste período. Abordaremos desde o planejamento estratégico até a satisfação do cliente, para garantir o alinhamento do planejamento da sua empresa com as expectativas dos consumidores. 

Planejamento Estratégico: Garantindo previsibilidade nas operações 

A preparação para a Black Friday e outras datas festivas deve começar muito antes dos eventos em si. É essencial adotar uma abordagem estratégica que assegure que sua logística esteja não apenas preparada, mas também otimizada para enfrentar a demanda crescente que caracteriza essa época do ano. 

Manter a capacidade de atendimento e, mais que isso, a qualidade do transporte e das demais operações, é um verdadeiro desafio. E pensando nisso, otimizar rotas, integrar fluxos e garantir as entregas dentro do prazo torna-se fundamental para transformar os desafios logísticos em oportunidades de crescimento. 

Por isso, iniciar o planejamento com meses de antecedência é um passo crucial. Ao fazer isso, sua empresa terá a oportunidade de considerar uma série de fatores essenciais, que incluem, mas não se limitam a: 

  • Previsibilidade: É essencial coletar e analisar dados históricos de vendas, considerando sazonalidades anteriores e as tendências do mercado atual. Além disso, fatores externos que podem impactar as vendas, como eventos sazonais, lançamentos de produtos ou mudanças econômicas, também devem ser levados em consideração. A compreensão desses elementos permitirá uma previsão mais precisa do volume de pedidos esperado. 
  • Controle de Estoque: Certifique-se de que seu estoque esteja alinhado com a demanda esperada. Evitar a falta de produtos é essencial para não perder vendas, ao mesmo tempo em que evitar o excesso de estoque é crucial para não comprometer o fluxo de caixa. 
  • Recursos de Pessoal: Aumentar temporariamente a equipe de atendimento, empacotamento e transporte é frequentemente necessário. Planeje a contratação e o treinamento com antecedência para garantir que a equipe esteja preparada. 
  • Recursos de Transporte: Garanta que você tenha capacidade suficiente para atender aos picos de demanda. Estabeleça rotas eficientes e prazos de entrega realistas. 

Ao adotar uma abordagem estratégica abrangente que aborde esses fatores críticos, sua empresa estará em uma posição sólida para garantir que sua logística esteja totalmente preparada para a temporada de compras de fim de ano, maximizando as oportunidades e minimizando os desafios. 

Um dos aspectos essenciais da logística é a previsibilidade. Na G2L, estamos direcionando cada vez mais nossos recursos para analisar as operações de forma planejada e estruturada. Integramos fluxos e otimizamos processos com o objetivo de atender de maneira responsiva, programada e adaptada às variações de demanda. Isso se traduz em melhor tempo de resposta, maior satisfação do cliente e eficiência na gestão de custos. 

É importante observar que a temporada de compras de fim de ano não é a única variável a ser considerada no planejamento logístico. Outros fatores sazonais, como o ciclo de safras agrícolas, podem coincidir com esse período capturando capacidade de atendimento, veículos e motoristas. Portanto, é crucial ajustar o planejamento para acomodar múltiplos eventos sazonais e garantir que a logística esteja preparada para lidar com essas complexidades. 

Por esta razão, muitas empresas optam pela contratação de um 3PL: a terceirização de processos que otimiza custos e potencializa a qualidade das entregas. O 3PL é sigla de Third Party Logistics e trata da contratação de um fornecedor externo para executar a logística de uma empresa, como serviços de armazenagem, embalagem e transporte de mercadorias. 

Controle de Estoque Aprimorado 

Durante a Black Friday e as festas de fim de ano, a gestão de estoque desempenha um papel central e crítico na resposta eficaz à crescente demanda. Para garantir que sua logística seja capaz de lidar com esses desafios, é fundamental adotar um controle de estoque aprimorado e implementar sistemas de rastreamento eficazes. 

Aqui estão algumas diretrizes abrangentes para otimizar seu controle de estoque: 

  • Monitoramento Contínuo: Estabeleça um sistema de monitoramento constante para acompanhar os níveis de estoque. Isso permitirá que você detecte qualquer sinal de escassez e aja prontamente para evitar a falta de produtos, o que pode resultar em perda de vendas. 
  • Estratégia de Reposição: Tenha uma estratégia de reposição eficiente em vigor. Isso inclui entender o tempo necessário para reabastecer produtos e o prazo de entrega de fornecedores, garantindo que você possa atender à demanda sem contratempos. 
  • Gestão de Picos de Demanda: Ter estoque adicional e pessoal de reserva disponíveis é uma estratégia inteligente para evitar a exaustão dos recursos. 
  • Sistemas de Rastreamento Eficientes: Implemente sistemas de rastreamento de estoque eficazes que forneçam informações em tempo real sobre a disponibilidade de produtos. Isso ajuda a evitar a venda de produtos fora de estoque e a manter a transparência em relação aos clientes. 

A localização estratégica dos Centros de Distribuição (CDs), perto dos grandes centros consumidores, também desempenha um papel crucial na otimização da logística, principalmente durante esse período do ano, com o chamado estoque avançado de maior velocidade de acesso. Isso não apenas diminui os prazos de entrega, mas também impulsiona a geração de emprego e economia nestas regiões. 

Portanto, adotar um planejamento estratégico sólido, aprimorar o controle de estoque e investir em diferenciais competitivos logísticos permitirá o sucesso nas vendas de fim de ano, incluindo Black Friday, Natal e outras datas festivas. 

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A seca na Amazônia e os impactos na Logística

Por Redação | Luanna Amaral

A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, desempenha um papel essencial em equilibrar não apenas os ecossistemas regionais, mas de todo o planeta. Estendendo-se por nove países na América do Sul, com a maior parte localizada no Brasil, essa vasta região é um verdadeiro tesouro de biodiversidade e recursos naturais.

No entanto, em 2023 a região enfrenta desafios significativos devido à estiagem. Com o Rio Negro atingindo a marca de 13,59 metros na última segunda-feira (16/10), a seca em Manaus bateu recorde e registrou o ponto mais baixo desde 1902. Superou a marca de 2010, considerada até então a maior da história.

“A seca do rio Amazonas é sazonal e ocorre majoritariamente todos os anos nos períodos de setembro e dezembro, porém este é o pior ano já registrado, com previsão de que se estenda até janeiro de 2024,” afirma Luanna Amaral, Analista Logístico na G2L.

Esta situação crítica não está limitada apenas à capital e abrange 60 cidades no estado do Amazonas, todas elas sofrendo os impactos severos da seca deste ano.

Neste post, discutiremos a situação atual na Amazônia, as possíveis causas, os impactos da seca e como foi possível nos antecipar para minimizar as consequências logísticas na região.

A situação na Amazônia 

Devido à sua biodiversidade única e ao seu papel vital na regulação climática, a Amazônia sempre esteve em pauta nas discussões e preocupações globais. Os altos índices de desmatamento na região contribuem para a perda de habitat, a liberação de carbono na atmosfera e a redução da capacidade de absorção de dióxido de carbono.

A degradação ambiental tem um impacto significativo em várias frentes. Ela não só afeta as comunidades locais e a biodiversidade, mas também tem sérias repercussões na manutenção dos recursos hídricos. Isso se reflete em eventos de seca que estão se tornando mais frequentes e intensos em uma área onde a navegação fluvial desempenha um papel crucial.

Para ilustrar essa importância, de janeiro a agosto de 2023, a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) registrou um movimento de cerca de 22 milhões de toneladas no transporte de mercadorias através de vias fluviais na bacia hidrográfica de Manaus. Esse número representou um aumento notável de 12,43% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Com estes valores, a Bacia hidrográfica Amazônica liderou essa movimentação, sendo a área de maior transporte de mercadorias via navegação fluvial no país, seguida pela Bacia de Tocantins-Araguaia, com 9 milhões de toneladas, e pelo rio Paraguai, com 6 milhões. Luanna conta que “um dos nossos clientes, por exemplo, tem fluxo constante para esses destinos e depende do rio Amazonas para transportar, aproximadamente, 4 mil toneladas/mês que ficariam fatalmente parados nos portos brasileiros sem alternativas. A G2L, como um operador logístico, precisa se antecipar a estas situações e propor alternativas para seus clientes a fim de minimizar os impactos, sejam eles ambientais ou não”.

Minimizando as Consequências para a Logística

Para enfrentar esses desafios, é fundamental adotar estratégias que minimizem as consequências da situação na Amazônia e dos impactos da seca na logística. Já ciente do histórico de seca, Luanna conta algumas das ações que foram tomadas este ano para mitigar os danos.

“Em setembro, fizemos uma visita a Manaus com intuído de mapearmos os gaps e buscarmos as alternativas necessárias, seguindo todo o compliance da empresa e dos clientes. Nesta viagem conseguimos reforçar parcerias antigas, aumentando nosso volume, bem como foram desenvolvidos novos parceiros. Um bom exemplo são operadores de balsas rodo-fluvial que funcionam como alternativa nas baixas do rio Amazonas”.

A empresa de cabotagem que atua na região tomou a decisão de suspender seus serviços em duas rotas específicas: a ALCT1, que é uma linha semanal conectando o Norte e o Sudeste do país por via marítima, com os portos de Manaus, AM, e Pecém, CE, como pontos de ligação; e a linha ALCT3, que opera quinzenalmente na rota do Nordeste para o Norte, com uma conexão por meio de balsas com o porto de Vila do Conde.

A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC) confirmou o cancelamento de dois navios programados para chegar a Manaus, resultando em cargas retidas nos portos de Vila do Conde, no Pará, e Pecém, no Ceará. Infelizmente, não há previsão para o reembarque dessas cargas, de acordo com a empresa responsável. O restabelecimento dos serviços está estimado para ocorrer a partir da semana 46, que corresponde a 13 de novembro.

Com a aproximação da Black Friday, o risco de desabastecimento do Sul e Sudeste passa a ser monitorado com a dificuldade logística de ligação da zona Franca de Manaus e o restante do país. Mais urgente ainda é a entrada de suprimentos para a região amazônica. Estes temas reforçam solicitações antigas de medidas para diminuir os impactos da estiagem que incluem:

  • Investimento em infraestrutura resiliente: É crucial investir em infraestrutura que seja capaz de suportar condições de seca, como sinalização das hidrovias, a construção de portos com maior profundidade para garantir a navegação fluvial, mesmo em tempos de baixo nível de água.  Dragagem das áreas como está previsto no “Novo PAC” com investimento estimado em R$ 41 milhões com obras no Rio Solimões e Rio Amazonas.
  • Diversificação dos modos de transporte: Além do transporte fluvial, considerar alternativas como transporte ferroviário e rodoviário pode ajudar a contornar as dificuldades causadas pela seca.
  • Monitoramento ambiental: A preservação e a restauração da floresta amazônica são fundamentais para mitigar os impactos da seca. O monitoramento ambiental e a aplicação rigorosa de leis de conservação são essenciais para manter o ecossistema saudável.
  • Uso de tecnologia: A tecnologia desempenha um papel importante na logística. Sistemas de rastreamento, análise de dados e otimização de rotas podem ajudar a minimizar atrasos e custos.

A situação na Amazônia e os impactos da seca representam desafios significativos para a logística na região. No entanto, com investimento em infraestrutura, diversificação dos modos de transporte, um compromisso com a preservação ambiental e um planejamento prévio, podemos trabalhar para minimizar as consequências da estiagem e criar um futuro mais sustentável para a região amazônica e para a logística nacional.

“Eu particularmente fico muito contente em fazer parte do time que desenvolve essas alternativas, eu acompanho a operação no dia a dia e vejo de perto a satisfação do cliente”, completa Luanna Amaral.

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