A revolução da tecnologia na vida dos caminhoneiros

Por Iara Magalhães 

A tecnologia está revolucionando o dia a dia de inúmeras profissões e a dos caminhoneiros não é exceção. Com a escalabilidade e dinamismo, soluções digitais estão trazendo mais segurança, produtividade e qualidade de vida para esses profissionais. De sistemas de rastreamento a aplicativos de gestão de viagens, a inovação está impactando diretamente a rotina dos caminhoneiros. 

Os avanços tecnológicos permitem que caminhoneiros e empresas de transporte operem com maior eficiência e segurança. Ferramentas de rastreamento GPS, por exemplo, garantem que as cargas sejam monitoradas em tempo real, proporcionando maior segurança tanto para os motoristas quanto para os produtos transportados. Além disso, plataformas digitais facilitam a comunicação e a gestão de rotas, reduzindo o tempo ocioso e melhorando a eficiência operacional. 

Como afirma o caminhoneiro Ademir, “a minha vida profissional mudou 100%! Primeiro pela segurança, não tem que ficar procurando carga, o frete tem o preço bom e paga pedágio. Antes ligava pra transportadora, tinha que se humilhar pra pedir carga, no app isso não acontece, é só olhar e solicitar, a ordem já vai direto pra gente.” 

No depoimento, o motorista se refere ao aplicativo Vector, uma empresa inovadora no setor de transporte rodoviário que tem se destacado ao oferecer uma plataforma completa que integra diversas funcionalidades voltadas para caminhoneiros e embarcadores. 

Do pátio para o celular: tempo é produtividade 

Aplicativos omnichannel voltados aos usuários caminhoneiros visam facilitar a contratação de fretes pelo motorista, enquanto oferecem gestão operacional ao embarcador, conectando carga, transportador e embarcador. Essa proposta de atender às necessidades dos motoristas e facilitar sua conexão de qualquer lugar traz benefícios de expansão de capacidade para os embarcadores e maior produtividade e remuneração aos motoristas. 

Com mais de 200 mil downloads, 140 mil caminhoneiros cadastrados e 93% de aprovação dos caminhoneiros, a plataforma Vector já facilitou mais de 3,6 milhões de viagens por todo o Brasil, transportando os mais variados insumos, desde o agronegócio até o setor industrial.  

Em um único aplicativo, o caminhoneiro tem tudo o que precisa na palma da mão. Com apenas alguns toques, ele acessa a divulgação de cargas oferecidas por grandes embarcadores. 

No caso, a plataforma Vector, oferece onboarding digital integrado, painel de viagens, monitoramento de viagens, roteirização, checklist veicular, entrega e backoffice documental entre outras funcionalidades. Além disso, inclui soluções financeiras como banco digital, crédito, programa de fidelidade e meios de pagamento, bem como serviços de Transportadora Digital. 

Em depoimentos de usuários de aplicativos, destacam-se pontos que mostram o impacto transformador na vida destes trabalhadores, algo que pode ser difícil de imaginar para pessoas alheias à operação de transporte. Um dos usuários da plataforma Vector, o motorista Alex, comentou que o aplicativo “veio trazer facilidade para o motorista. Eu posso ficar no pátio do posto, o app me mostra as cargas, eu não preciso ficar correndo atrás de transportadora. Tornou a vida da gente mais fácil, eu só tenho a agradecer!” 

Andres Navarro, CTO da VECTOR, destaca o diferencial da empresa e sua tecnologia proprietária: oferecer uma ferramenta fácil de usar, intuitiva e personalizada para atender às reais necessidades dos usuários. “Ao termos controle total sobre nossas ferramentas e sistemas, podemos nos adaptar rapidamente às necessidades do mercado, garantindo um alto nível de qualidade, desempenho, entrega e agilidade na resolução de problemas”, afirma Navarro. 

Caminho certo para o futuro 

Além destes aplicativos, outras tecnologias estão se mostrando essenciais para a modernização do setor de transporte rodoviário. A tecnologa a serviço do caminhoneiro pode oferecer rotas otimizadas, ajudando os caminhoneiros a evitarem congestionamentos e reduzirem o tempo de viagem. 

O uso de sistemas de telemetria, como as que estão presentes nos veículos G2L, é outra ferramenta poderosa, permitindo o acompanhamento detalhado do desempenho dos veículos, consumo de combustível e comportamento dos motoristas.  

Essas informações, somadas aos dispositivos que monitoram a condição das estradas e o trânsito em tempo real, são cruciais para otimizar a operação e garantir uma condução mais segura e eficiente, além de proporcionar dados precisos que ajudam na tomada de decisões. 

Portanto, a tecnologia tem se mostrado uma aliada poderosa na modernização do setor de transporte rodoviário, trazendo benefícios significativos para os caminhoneiros e suas operações diárias. Ainda há muito a evoluir no setor, mas a Vector e a G2L exemplificam como a inovação pode transformar a vida desses profissionais, tornando o trabalho mais eficiente, seguro e rentável. 

 

Sobre Iara Magalhães 

Iara, analista de comunicação corporativa Vector, ajudando a transformar a vida de quem faz o Brasil rodar. 

Cibersegurança na Logística: Protegendo Dados Sensíveis

Por Melqui Souza – Coordenador de Infraestrutura na G2L 

A cibersegurança evoluiu rapidamente desde a criação da internet em 1969, quando a primeira conexão foi estabelecida entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford. Inicialmente, era um tema de preocupação apenas para grandes empresas e agências governamentais, mas com o avanço e popularização da tecnologia, tornou-se essencial em todos os setores da sociedade. 

A cibersegurança é um tema crítico para empresas de todos os portes e setores. Buscando fomentar a compreensão sobre esse aspecto, vamo explorar hoje a Cibersegurança na logística: protegendo dados sensíveis. Acompanhe conosco e boa leitura! 

Os primórdios da segurança cibernética 

A necessidade de segurança cibernética surgiu com a capacidade dos primeiros computadores de se conectar e transferir informações. Nas décadas de 1950 e 1960, foram desenvolvidas as primeiras redes e, com elas, as bases da cibersegurança. Um marco importante foi a criação da Internet em 1969, um desenvolvimento liderado pela ARPA do Pentágono, que marcou o nascimento do ciberespaço. 

Durante a Guerra Fria, a intensificação das tensões entre os EUA e a União Soviética aumentou a preocupação com espionagem digital. Em resposta, o Departamento de Defesa dos EUA publicou, em 1987, o Livro Laranja, um guia para identificar ameaças e implementar medidas de segurança eficazes. 

Ameaças cibernéticas e seus impactos 

As ameaças cibernéticas, como ransomware, phishing, ataques DDoS, malware e injeções de SQL, representam riscos significativos para as organizações. Essas ameaças podem causar prejuízos financeiros enormes e paralisar operações. 

De acordo com o relatório da IBM de 2023 sobre o custo de violações de dados, o impacto financeiro médio global dos ataques cresceu 15% nos últimos três anos e já atinge 4,45 milhões de dólares. 

Cibersegurança na logística e medidas de proteção 

A cibersegurança é crucial no setor logístico devido à dependência de sistemas de informação e tecnologia para gerenciar operações. Cada fornecedor na cadeia de abastecimento representa um potencial ponto de vulnerabilidade que pode ser explorado por invasores. 

Para proteger dados e sistemas, as empresas devem adotar várias medidas proativas: 

  1. Monitoramento contínuo: acompanhar continuamente os sistemas de TI e redes para identificar atividades suspeitas. 
  2. Plano de resposta a incidentes: ter um plano bem definido para reagir rapidamente a ataques cibernéticos. 
  3. Ambiente redundante e recuperação de desastres: garantir a recuperação rápida de serviços em caso de incidentes. 
  4. Testes de penetração: realizar Pentests regularmente para identificar e corrigir vulnerabilidades. 
  5. Proteção de sistemas de armazenamento e distribuição: utilizar firewalls, antivírus e medidas de detecção de intrusos para proteger sistemas de controle de estoque e gerenciamento de armazéns. 
  6. Autenticação robusta: implementar medidas de autenticação para proteger a integridade das entregas e monitorar atividades suspeitas em tempo real. 

A segurança na cadeia de abastecimento depende das medidas adotadas por cada elo. É crucial que as informações compartilhadas com fornecedores respeitem os requisitos de segurança cibernética. Análises cuidadosas de fornecedores, especialmente quanto à origem e vulnerabilidade dos softwares, são recomendadas para garantir a proteção de dados.  

Investir na formação contínua dos colaboradores também é essencial para evitar falhas de segurança. Treinamentos sobre gestão de credenciais e uso adequado de equipamentos ajudam a prevenir ataques como phishing. Cursos, workshops e materiais de conscientização são ferramentas eficazes para educar os funcionários. 

Além disso, o backup de dados criticos é uma prática fundamental para a preservação da empresa e das informações pessoais, ajudando a conter riscos financeiros e ataques virtuais, além de mitigar os custos associados a violações de dados. 

À medida que a tecnologia avança, os riscos de crimes virtuais também aumentam. O setor logístico, em particular, deve elevar seu nível de proteção para enfrentar ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.  

A adoção de tecnologias emergentes como firewalls de próxima geração, inteligência artificial e blockchain pode transformar o cenário de ameaças na logística, proporcionando um ambiente mais seguro para as operações e para os negócios. 

Gostou do artigo? Fique atento às tendências de tecnologia e inovação conosco para se manter atualizado. 

 

Glossário 

  • Cibersegurança: Medidas de proteção contra ataques e ameaças cibernéticas em sistemas de informação. 
  • Ransomware: Tipo de malware que criptografa os dados de uma vítima, exigindo um resgate para restaurar o acesso. 
  • Phishing: Método de fraude em que atacantes se disfarçam como entidades confiáveis para obter informações sensíveis. 
  • DDoS (Distributed Denial-of-Service): Ataque que sobrecarrega um sistema com tráfego excessivo, causando indisponibilidade. 
  • Malware: Software malicioso projetado para causar danos ou acessar sistemas sem autorização. 
  • Injeção de SQL: Técnica de ataque que insere código malicioso em consultas SQL para manipular bancos de dados. 
  • Pentest (Testes de Penetração): Simulação de ataques a um sistema para identificar vulnerabilidades e avaliar a segurança. 
  • Firewall: Dispositivo ou software que controla o tráfego de rede com base em regras de segurança predefinidas. 
  • Inteligência Artificial (IA): Tecnologia que permite que máquinas realizem tarefas que normalmente requerem inteligência humana. 
  • Blockchain: Sistema de registro descentralizado que garante a segurança e integridade das transações digitais. 

Como funciona a logística na produção de filmes

Por Marcos Novais – Gerente de Operações na G2L 

No Dia do Cinema Brasileiro (19), gostaríamos de compartilhar um pouco sobre como funciona a estrutura de logística e transporte que suporta e apoia a indústria do cinema nacional. 

Antes disso, vamos contar quando e como o cinema, considerado a “Sétima Arte”, chegou ao Brasil. 

A celebração deste dia, em 19 de junho, homenageia Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do país, que registrou as primeiras imagens em movimento no Brasil em 1898 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil. 

Desde então, o investimento e as produções cinematográficas cresceram significativamente no Brasil e no mundo, tornando a logística um componente essencial para sustentar essas produções.  

Nos tempos das locadoras, antes da chegada dos streamings, também havia uma logística considerável envolvida na distribuição de fitas e DVDs para diversos pontos de locação. 

A complexidade das filmagens aumentou, exigindo soluções logísticas inovadoras e eficientes para garantir que cada aspecto da produção funcione perfeitamente. 

Em 2024, o investimento através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e das Leis de Incentivo em produções cinematográficas no Brasil ultrapassou R$ 2 bilhões, enquanto grandes produções de Hollywood, como Vingadores: Ultimato (2019), tiveram orçamentos superiores a US$ 356 milhões – o que equivale a mais de R$ 1,9 bilhão de reais. 

Esses números ilustram a magnitude dos investimentos no Brasil e no mundo, e a importância de uma logística bem estruturada para tornar essas produções possíveis. 

Logística como parte fundamental na produção de filmes 

A indústria do cinema envolve processos complexos que são sustentados por dinâmicas logísticas, abarcando diversas atividades de controle e gestão de todos os elementos que compõem a produção dos filmes.  

A logística desempenha um papel crucial nessa atividade, sendo essencial no transporte de equipamentos de filmagem, câmeras, iluminação, cenários, figurinos, bem como na alimentação de todos os profissionais no set de filmagem. 

A produção cinematográfica exige uma logística precisa e eficiente para garantir que todos os elementos necessários estejam disponíveis no momento certo e no local adequado.  

Isso envolve um planejamento detalhado de rotas de transporte, o alinhamento com fornecedores e parceiros de logística, e a garantia de que os equipamentos cheguem ao set de filmagem no prazo e em condições adequadas.  

E a logística não termina nas filmagens. A logística reversa garante o transporte e o descarte correto e sustentável de todos os materiais utilizados, minimizando o impacto ambiental da produção. 

Parcerias e Tecnologia como fatores de sucesso 

A indústria do cinema utiliza fornecedores especializados e soluções customizadas para lidar com os desafios característicos da produção dos filmes.  

Isso inclui a contratação de parceiros logísticos experientes no transporte de equipamentos sensíveis e, muitas vezes, de alto valor agregado, que dominem o uso de tecnologias de rastreamento para garantir um monitoramento eficiente de ponta a ponta, cumprindo os prazos estabelecidos. 

Imagine a produção de um filme na Amazônia. Transportar equipamentos delicados por rios e pela selva exige expertise e tecnologia de ponta.  

Parcerias com empresas locais, experientes na logística da região, garantem o conhecimento dos terrenos e das condições climáticas, enquanto sistemas de rastreamento monitoram o trajeto e a segurança da carga. 

A logística na produção de filmes é um universo fascinante que combina planejamento estratégico, tecnologia de ponta e parcerias sólidas.  

Mais do que transportar equipamentos e suprimentos, a logística é a alma da produção cinematográfica, garantindo que a magia do cinema aconteça nos mínimos detalhes.  

E que tal celebrar esse dia assistindo a um filme e apreciando o grandioso trabalho que existe por trás das telas? 

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Logística reversa: como funciona e por que é importante 

Por Redação 

A logística reversa é um processo crucial para a sustentabilidade ambiental e econômica, ao garantir o retorno de produtos ou materiais do consumidor para o fabricante ou varejista, para que sejam reutilizados, reciclados ou descartados de forma adequada. 

Estas operações podem ser aplicadas a diversos tipos de produtos, como embalagens, eletroeletrônicos, baterias, óleos lubrificantes, medicamentos e muito mais. 

No Brasil, cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) são gerados todos os anos, o suficiente para encher 2 mil estádios do Maracanã. Destes, apenas 4% são reciclados. 

Neste cenário, a logística reversa se torna um instrumento crucial para mitigar impactos ambientais e promover a gestão sustentável dos recursos naturais. Mas afinal… 

Como Funciona a Logística Reversa? 

Os processos podem variar de acordo com o tipo de produto ou material envolvido. No entanto, algumas etapas básicas são comuns, como: 

  1. Coleta: os produtos ou materiais são coletados dos consumidores através de pontos de entrega, sistemas de devolução ou coleta domiciliar. 
  2. Transporte: os materiais coletados são transportados para centros de triagem ou reciclagem. 
  3. Triagem: os materiais são separados por tipo, material ou condição para o devido processamento. 
  4. Reciclagem ou reuso: os materiais recicláveis são processados, higienizados e recondicionados para serem transformados em novos produtos. 
  5. Descarte adequado: os materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados são descartados de forma adequada em aterros sanitários controlados ou em usinas de incineração com controle de emissões. 

 Os consumidores também desempenham um papel fundamental na efetividade da logística reversa ao separar corretamente os materiais recicláveis e descartá-los nos pontos de coleta adequados. 

Willian Ferrari, Coordenador de Operações na G2L, também ressalta que “a logística reversa é totalmente assegurada por processos como NF (Nota Fiscal), CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e Manifesto da carga. Ou seja, totalmente rastreável, transparente e segue todas as regras da Lei que regem o transporte de cargas. Inclusive, no caso de resíduos, o Governo Federal lançou um serviço chamado SINIR (Sistema Nacional de Informação sobre Resíduos Sólidos) para rastrear e acompanhar a correta destinação destes materiais.” 

Por que a Logística Reversa é Importante? 

Estas operações precisam ser estrategicamente realizadas, pois oferecem diversos benefícios para o meio ambiente, para as empresas e para a sociedade como um todo. 

Redução do impacto ambiental: a logística reversa ajuda a diminuir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários, reduzindo a poluição do solo e das águas. Além disso, ela promove a reutilização e a reciclagem de materiais, conservando recursos naturais e diminuindo a necessidade de extração. 

Sustentabilidade econômica: as empresas que adotam a logística reversa podem reduzir custos com o descarte de resíduos e até mesmo gerar novas receitas a partir dos materiais reciclados. Além disso, a adoção de práticas sustentáveis pode melhorar a imagem da empresa junto aos consumidores. 

Responsabilidade social: a logística reversa contribui para a educação ambiental da população, conscientizando os consumidores sobre a importância do descarte correto de produtos e materiais. 

Exemplo de Logística Reversa 

Um bom exemplo da aplicação de logística reversa são algumas das operações G2L que envolvem sucata Gerdau, a maior produtora brasileira de aço e a maior recicladora de sucata da América Latina. 

Todos os anos, a Gerdau compra milhões de toneladas de sucata ferrosa e garante a correta destinação ambiental do material, além do retorno para a cadeia de suprimentos. 

Este ciclo de retorno dos produtos e materiais só é possível por meio de operações logísticas seguras, eficientes e devidamente monitoradas. Seja no transporte ou no armazenamento, no início ou no final dos processos, a logística reversa garante que os produtos e materiais sejam manuseados de forma a maximizar sua reutilização e reciclagem. 

E para otimizar ainda mais os processos de logística reversa, a tecnologia desempenha um papel crucial. A implementação de sistemas de rastreabilidade, inteligência artificial e plataformas digitais pode aprimorar a gestão de dados, automatizar tarefas e aumentar a transparência em toda a cadeia de suprimentos. 

A colaboração entre empresas, governos e consumidores também é essencial para o sucesso da logística reversa. O desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis, a educação ambiental da população e a criação de infraestrutura adequada para a coleta e o processamento de materiais recicláveis são medidas fundamentais para a construção de um futuro mais sustentável. 

“A logística reversa é, portanto, um processo fundamental para a construção de uma economia circular e de um futuro mais sustentável. Aqui na G2L nós transportamos sucata que é transformada em aço, para então voltar à sociedade na construção civil, agropecuária, automóveis, infraestrutura e energia. Mas não é só isso, também temos outras operações, como transporte de resíduos classificados para aterros sanitários. Sempre atendendo as normas e legislações específicas, buscando otimizar e tornar nossas operações mais seguras e sustentáveis”, acrescenta Ferrari. 

Ao promover a reutilização, a reciclagem e o descarte correto de produtos e materiais, podemos reduzir significativamente o impacto ambiental, gerar benefícios econômicos e promover a responsabilidade social das empresas. 

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Frota Sustentável: Impacto Real e Benefício para o Negócio

Por Danilo Jesuíno | Coordenador Monitoramento de Frotas

A sustentabilidade tem se tornado um tema central nas discussões empresariais contemporâneas. Com o aumento da conscientização sobre as mudanças climáticas e a pressão crescente por parte de consumidores e regulamentações, adotar práticas sustentáveis deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade para muitas empresas. Entre as diversas estratégias sustentáveis, a implementação de uma frota sustentável destaca-se por seus impactos positivos significativos e benefícios tangíveis para os negócios.

De acordo com a Agência Brasil, as emissões geradas pelos transportes cresceram de 5,8 gigatoneladas de CO2 para 7,5 gigatoneladas entre 2000 e 2016. Carros leves (45%) e caminhões (21%) são os principais emissores de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera dentro do âmbito dos transportes.

Analisando esse cenário, é possível observar o engajamento dos operadores logísticos brasileiros na implantação de práticas mais sustentáveis que contribuam com o enfrentamento da crise climática, tanto sob o ponto de vista do “copo meio cheio”, quanto do “copo meio vazio”. Os operadores logísticos brasileiros iniciaram essa transição com os veículos pesados a GNV em 2018. A pioneira neste tipo de equipamento foi a Scania, quando não havia infraestrutura própria para os equipamentos, com poucos postos de abastecimento e um processo lento (aproximadamente 1:30h para abastecer um caminhão). Seis anos depois, temos o conceito de “corredor azul“, que se refere a uma infraestrutura criada para permitir o uso do gás natural ou biometano. Hoje, segundo a Comgás, temos 33 postos nessas rotas, onde 10 já possuem o abastecimento de alta vazão (em menos de 20 minutos). A empresa afirma que até 2030 serão 80 postos nas rotas.

Estamos em um momento de mais um passo no caminho da eficiência energética sustentável, que é o uso dos veículos elétricos na logística. O brasileiro sempre se interessou pelo “carro elétrico”. Em 1974, através de um desafio proposto pela Eletrobrás para sua renovação de frota, o engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel desenvolveu o veículo ITAIPU E 400, com autonomia de 65 km e velocidade máxima de 60 km/h. O projeto não vingou devido ao custo elevado e à vida útil curta da bateria, resultando na fabricação de apenas 76 unidades.

Avançando para 2021, a Volkswagen (VW), após pesquisas, investiu R$ 150 milhões para desenvolver um veículo de distribuição urbana com capacidade de 11 toneladas. Grandes frotistas, incluindo a AMBEV, participaram do desenvolvimento do equipamento, gerando um contrato de intenção de compra de 1.600 caminhões.

Em 2024, a tecnologia está mais avançada e temos veículos pesados capazes de superar 150 km de autonomia e capacidade de peso de 25 toneladas. Contudo, assim como foi na época do GNV, hoje temos poucos postos apropriados para o carregamento desses veículos. Geralmente, o empresário deve investir em uma estrutura para realizar o carregamento do seu equipamento. Mas a tecnologia está cada vez mais rápida em suas respostas, e muitas empresas surgem com opções diversificadas de tecnologias de carregamento, reduzindo o custo por quilowatt-hora (kWh/km).

Um exemplo de transformação está no transporte público, onde a meta da prefeitura de São Paulo é ter 20% de ônibus elétricos até o fim de 2024. Essa é uma parceria entre a prefeitura de São Paulo, a BYD e a ENEL X (empresa de soluções elétricas de mobilidade da ENEL).

É evidente que a transição para frotas sustentáveis oferece não apenas vantagens ambientais, mas também melhoria da imagem corporativa, conformidade com regulamentações ambientais e aprovação de um público cada vez mais sensível a ações que possam mitigar catástrofes climáticas. Com investimentos contínuos e inovação tecnológica, a logística sustentável no Brasil tem o potencial de se tornar um modelo para o resto do mundo e aumentar a sua competitividade no cenário global.

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Segurança Viária: Lições do Maio Amarelo

Por Éverton Xavier | Especialista de Segurança Viária 

Todos os dias, milhões de pessoas pegam a estrada, seja a pé, de bicicleta, de moto, carro ou caminhão. No entanto, a jornada nem sempre é segura para todos. A cada ano, incontáveis vidas são perdidas e muitas mais são afetadas por acidentes de trânsito.  

Em 2023, tivemos um total de 67.723 sinistros viários no Brasil, com mais de 166.833 pessoas envolvidas. Foram 59.482 vítimas com ferimentos leves e 18.931 com ferimentos graves, resultando em 5.621 vítimas fatais. 

É por isso que iniciativas como o Maio Amarelo são tão importantes. Este movimento internacional, que ocorre anualmente, busca conscientizar a população sobre a importância da segurança viária e reduzir o número de acidentes. 

O Maio Amarelo é uma oportunidade para refletirmos sobre nossos hábitos e comportamentos no trânsito. A cor amarela simboliza a atenção e a sinalização, duas características essenciais para evitar acidentes.  

Neste mês, campanhas educativas são realizadas em todo o mundo, com o objetivo de promover a conscientização sobre temas como o respeito às leis de trânsito, a importância do uso do cinto de segurança, do capacete e de outros equipamentos de proteção, além da valorização da vida em uma direção defensiva. 

Dicas para uma jornada mais segura 

  • Respeite os limites de velocidade: o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes no trânsito. Mantenha-se dentro dos limites estabelecidos e adapte a velocidade às condições da via e do tráfego. 
  • Evite o uso do celular ao volante: a distração é um fator de risco significativo, então mantenha o celular fora do alcance e concentre-se na estrada enquanto estiver dirigindo. 
  • Use sempre o cinto de segurança: este é um dos equipamentos de segurança mais importantes em um veículo. Certifique-se de que todos os ocupantes estejam usando o cinto corretamente, inclusive os passageiros do banco traseiro. 
  • Mantenha uma distância segura: ao manter uma distância segura do veículo à sua frente, você ganha um tempo vital para reagir em caso de emergência. 
  • Não dirija sob o efeito de álcool ou drogas: o consumo de substâncias intoxicantes compromete a capacidade de dirigir com segurança. Se beber, não dirija. Opte por outras formas de transporte. 

Uma das lições mais importantes que o Maio Amarelo nos ensina é a responsabilidade compartilhada. Todos os usuários das vias públicas têm um papel a desempenhar na prevenção de acidentes. Desde os pedestres que atravessam a rua até os motoristas que dirigem nas estradas, cada um de nós deve estar atento e agir de forma responsável. 

Outro ponto crucial é a educação. É fundamental que desde cedo as crianças sejam ensinadas sobre a importância da segurança viária. Escolas, pais e instituições devem trabalhar juntos para promover uma cultura de respeito e responsabilidade no trânsito. Quanto mais cedo esses valores forem internalizados, menores serão as chances de acidentes no futuro. 

Além disso, é fundamental que as autoridades invistam em infraestrutura e políticas públicas voltadas para a segurança viária. Isso inclui a construção de faixas de pedestres, ciclovias, sinalização adequada, fiscalização eficiente e campanhas educativas contínuas. A segurança viária deve ser uma prioridade em todas as esferas do governo, e a sociedade civil também deve se engajar e cobrar medidas que garantam a proteção de todos os cidadãos nas ruas e estradas. 

O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é um lembrete de que a vida é o bem mais precioso que temos, e que devemos fazer tudo ao nosso alcance para protegê-la. Ao adotarmos uma postura responsável e solidária no trânsito, podemos salvar vidas e construir um futuro mais seguro para todos. Este mês, e em todos os meses do ano, vamos nos unir em prol da segurança viária e fazer a diferença em nossas comunidades. Juntos, podemos transformar as ruas e estradas em lugares mais seguros para todos. 

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Automação e tecnologia em Centros de Distribuição Logística

Por Maurício Matias

Os Centros de Distribuição (CDs) são pontos-chave na cadeia de suprimentos (supply chain) e desempenham um papel vital na concentração de volumes, armazenagem, execução de serviços, manuseio de carga, expedição e entrega ao cliente final.

São armazéns logísticos estruturados para atender qualquer segmento de produtos, materiais ou serviços. Geralmente, recebem cargas fechadas das fábricas, usinas ou por importação (inbound) e estocam em condições adequadas, otimizadas e seguras. Além disso, processam ou manipulam (operação warehouse) e expedem (outbound) cargas fracionadas para atendimento ao varejo.

Estabelecidos em posição geográfica estratégica e competitiva, os Centros de Distribuição se instalam próximos a grandes centros e rodovias, para melhor recebimento e escoamento de cargas.

Neste artigo, vamos explorar alguns destaques da evolução tecnológica e de automação nos processos realizados em Centros de Distribuição Logística.

Evolução em Tecnologia Logística

  • Automação

Em automação de processos e fluxos, os CDs vêm evoluindo com o avanço da tecnologia, desenvolvendo e implantando equipamentos que maximizam a produtividade no recebimento, separação, armazenagem e expedição.

Podemos citar aqui alguns equipamentos essenciais, como: elevadores verticais, empilhadeiras autônomas inteligentes, porta-pallets móveis, sorter (equipamento para separação automática a partir de código de barras ou QR Code), RFID (Radio Frequency Identification), Gestão à vista para maior assertividade da separação (picking by light), entre outros equipamentos robotizados que estabilizam processos e reduzem os prazos de entrega ao cliente final, gerando maior competividade logística.

  • Tecnologia

Os equipamentos automatizados citados já estão totalmente conectados com as mais avançadas tecnologias de informação, como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial (IA), e conversam com os mais variados sistemas de WMS (Warehouse Management System).

Cases Práticos

Aqui na G2L, por exemplo, utilizamos equipamentos de grande porte em nossos CDs, operados por controle remoto, como o controle automático de pesagem de tarugos de aço, entre outros equipamentos plugados a uma Torre de Controle gerenciadora do processo.

Através de ferramentas sistêmicas, nossa Torre de Controle realiza formatação de carga automática e roteiriza o melhor trajeto de transporte, além de monitorar e concluir a entrega ao cliente final, com acompanhamento da rota e confirmação de entrega ao contratante.

Ter o controle completo do processo (trilha do material do cliente) com processamento ágil, ao menor custo possível e buscando o menor prazo de entrega, é um dos principais objetivos a serem perseguidos por todo operador logístico que ofereça as mais avançadas soluções logísticas a seus clientes.

Em um ambiente competitivo e em constante evolução, a adoção de tecnologias avançadas e a automação se tornam imperativas para os Centros de Distribuição Logística.

A integração de equipamentos de grande porte, operados remotamente e com recursos de controle automático, aliados a uma robusta infraestrutura tecnológica, não apenas otimizam os processos logísticos, mas também elevam a eficiência e a agilidade na entrega ao cliente final.

O controle completo do processo, aliado à busca incessante por melhorias contínuas, é essencial para garantir a competitividade e a excelência na prestação de serviços.

Portanto, é fundamental que os operadores logísticos estejam sempre atentos às mais recentes inovações tecnológicas e às melhores práticas do setor, capacitando suas equipes para operar e aproveitar ao máximo o potencial dessas soluções em benefício de seus clientes e do mercado como um todo.

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Desvendando a Torre de Controle G2L

Por Redação 

Imagine uma operação onde cada movimento é meticulosamente planejado e executado, onde a tecnologia não apenas facilita, mas revoluciona cada etapa do processo. A roteirização e monitoramento tornam-se a chave para a visibilidade e previsibilidade das atividades logísticas, elementos fundamentais para otimização e eficiência operacional. E se você está por dentro das tendências logísticas, sabe bem que este já não é um cenário utópico. 

A torre de controle logístico oferece uma visão panorâmica e detalhada de toda a operação logística. Embora as funcionalidades de uma torre de controle não sejam novidades para quem já atua na área logística nas últimas décadas, nesta publicação abordaremos o que há de diferencial e inovador na Torre de Controle da G2L. 

Como um centro nervoso, cada movimento é cuidadosamente monitorado e otimizado em tempo real, desde a localização das cargas até os dados de Gestão de Riscos, como o comportamento dos motoristas nas estradas. 

Como funciona nossa Torre 

  • Formatação automática das cargas: adeus às dores de cabeça causadas pela otimização de espaço nos caminhões. A Torre de Controle G2L é capaz de formatar automaticamente as cargas, fracionadas ou não, para todos os tipos de veículos, garantindo que todo o espaço seja aproveitado.  
  • Posicionamento em 3D das cargas: não se trata apenas de encaixar mercadoria em um caminhão. A Torre de Controle leva a otimização a outro nível, considerando peso, compatibilidade entre os materiais e até mesmo o equilíbrio do peso nas carretas, mitigando riscos de tombamento. Tudo isso através de um avançado posicionamento em 3D das cargas. 
  • Roteirização inteligente: a Torre de Controle G2L seleciona as rotas com base em critérios rigorosos de segurança, garantindo não apenas a entrega pontual, mas também a integridade dos motoristas e das mercadorias. 
  • Monitoramento on time e online: graças ao acompanhamento em tempo real, os gestores têm acesso às previsões e alertas de entrega atualizadas. 
  • Controle efetivo dos motoristas: desde o controle das jornadas de trabalho até o monitoramento do comportamento na estrada, a Torre de Controle garante que os motoristas estejam sempre operando com segurança e eficiência. 
  • Câmeras 360º: com uma visão completa do interior e ao redor dos caminhões, as câmeras 360º fornecem alertas instantâneos de possíveis riscos de acidentes, garantindo a segurança de todos na estrada. 
  • Monitoramento interno da cabine: Até mesmo os movimentos dentro da cabine são monitorados de perto, com câmeras identificando possíveis distrações, fadiga ou sonolência por parte dos motoristas, garantindo uma viagem segura e sem contratempos.

Benefícios e resultados 

Os benefícios e resultados proporcionados pela implementação da Torre de Controle G2L são notáveis. Com sua integração inteligente de tecnologia e processos, os clientes podem esperar uma série de vantagens tangíveis, como: 

  • Aprimoramento da eficiência operacional, resultando em processos mais ágeis e produtivos. 
  • Redução significativa de custos operacionais, tanto em termos de tempo quanto de recursos financeiros. 
  • Aumento da segurança nas estradas, com monitoramento em tempo real e identificação proativa de potenciais riscos. 
  • Garantia de satisfação do cliente, assegurando entregas pontuais, precisas e transparentes, que fortalecem a confiança e fidelidade do cliente. 

Esses benefícios combinados otimizam as operações logísticas e contribuem para uma experiência global aprimorada, tanto para as empresas quanto para seus clientes. 

Portanto, a Torre de Controle G2L não é apenas uma peça de tecnologia, mas um símbolo de inovação e excelência na gestão logística. Ao reunir o poder da roteirização inteligente e monitoramento detalhado, ela transforma desafios complexos em soluções simples e eficazes.

Cada vez mais, investir em tecnologias como esta não é apenas uma opção, mas uma necessidade. É o caminho para se destacar no mercado, garantindo operações logísticas mais eficientes, seguras e alinhadas com as expectativas dos clientes. 

Quer saber mais? Estamos abertos a receber visitas em nossa Torre de Controle, em São Paulo. Venha falar com nosso time e conhecer com mais detalhes o que podemos oferecer para redefinir a eficiência operacional.

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Crédito de Carbono na Logística

Por Hugo Bethlem 

Sustentabilidade ambiental é um tema fundamentalmente econômico, mas também tem um impacto vital para a vida na Terra. 

Imagine que toda a humanidade é uma grande empresa. Todos os colaboradores dessa empresa são pessoas e, se não cuidarmos delas, não teremos negócio. 

Os pré-requisitos para que os negócios aconteçam, ou seja, para a sobrevivência dos seres humanos, são: água potável, ar respirável e comida saudável, sendo a emissão de gases poluentes o grande risco para essa empresa. Zerar as emissões de carbono dos negócios, assim como das empresas de transporte de cargas, é uma missão que ganha cada vez mais urgência. 

O site CredCarbo contribui para o debate, reforçando que “a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas tem gerado uma busca incessante por soluções que abordem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de diversas atividades humanas. Nesse cenário, os créditos de carbono emergem como uma abordagem inovadora e vital. 

Em essência, os créditos de carbono representam uma medida quantificável das emissões de dióxido de carbono e outros gases que contribuem para o aquecimento global. Empresas ou organizações que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um nível preestabelecido recebem créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado. Por outro lado, as entidades que não conseguem cumprir suas metas de emissões podem adquirir esses créditos, possibilitando um sistema de trocas que incentiva a redução coletiva de emissões. 

O transporte tem um papel importante nas emissões globais de gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), os óxidos de nitrogênio (NOx) e as partículas suspensas. Essas emissões decorrem principalmente da queima de combustíveis fósseis em veículos movidos a gasolina e diesel. Essas emissões contribuem diretamente para o aumento do efeito estufa, levando ao aquecimento global e às mudanças climáticas. 

Além disso, o transporte rodoviário, aéreo e marítimo também tem impactos negativos na qualidade do ar devido às emissões de poluentes atmosféricos, como o material particulado e o ozônio troposférico. Para mitigar esses impactos, é crucial promover a transição para formas de transporte mais sustentáveis, como veículos elétricos e a utilização de fontes de energia renovável”.  

O aquecimento global e seus impactos devastadores nas Mudanças Climáticas são reais e não podem ser desprezados. Esse último ano tivemos a média mais quente de temperatura global desde a pré-industrialização, além da temperatura média mais quente dos oceanos. Se nosso objetivo de sobrevivência é não permitirmos que a temperatura média do planeta suba 1,5 ºC até 2050, em comparação à pré-industrialização já estamos devendo, pois já chegamos a +1,77ºC. Vamos ter que regredir, pois apenas frear o avanço já não será suficiente. 

É preciso destacar que sustentabilidade ambiental é, antes de tudo, um problema ambiental global, crítico e urgente. 

“No entanto, a história mostra que problemas coletivos cujas soluções demandam ações individuais são resolvidos efetiva e fundamentalmente por meio de instrumentos econômicos que impõem à condição de “não fazer nada” um custo maior do que o custo de “fazer alguma coisa”. Esse é o princípio por trás das regulações em todo o mundo, inclusive no Brasil.” – Rafael Fanchini – founder e CEO da Verda. 

O tema tem sido uma preocupação diária em várias companhias brasileiras, de todos os setores, mas entre ser uma preocupação e fazer algo a respeito tem uma enorme diferença. 

As pressões vêm de todos os lados, desde colaboradores engajados e das novas gerações, clientes, conselhos, agentes reguladores, bancos, agências de rating, bolsa de valores. Não dá para não agir, muito menos ignorar. É fato que as empresas, em todo o Brasil e no mundo, devem assumir a sua responsabilidade no combate ao problema das mudanças climáticas. 

Tenho escrito e dito que as empresas terão que implantar e praticar os pilares do ESG por um dos três Cs: Convicção, Compliance ou Constrangimento. Um mais caro que o outro, em investimento e principalmente em reputação. Gostaria que as decisões fossem por Convicção e, inclusive, algumas empresas líderes e protagonistas até estão trilhando este caminho e deveriam ser copiadas, afinal essa não é uma questão competitiva, mas sim cooperativa.  

Entretanto, muitas empresas farão o movimento por Compliance, para isso o projeto de lei 2148/2015 que estabelece o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Aprovado em dezembro pela Câmara dos Deputados e agora em análise pelo Senado Federal, o objetivo é contribuir para efetivas iniciativas no combate às mudanças climáticas no Brasil. Pode não ser perfeita, mas será muito útil e necessária.  

O desafio 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou em outubro do ano passado a Resolução 193 que dispõe sobre a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas a sustentabilidade ambiental, que tem como base as normas IFRS S1 e S2 publicadas pelo International Sustainability Standards Board – ISSB. 

Pode não ser perfeito, poderíamos ter adotado European Sustainability Reporting Standards – ESRS bem mais amplo e avançado, mas, melhor feito do que perfeito. Com base nessa resolução, as empresas de capital aberto serão obrigadas a publicar tal relatório, assegurado por auditor independente, a partir de 1 de janeiro de 2026. 

O grande desafio, que a maioria das empresas ainda não tem respostas claras e economicamente viáveis é a transição para descarbonização da economia até, no máximo, 2050. Lembramos que Sustentabilidade é um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. 

É a capacidade de uso dos recursos naturais sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. 

Para que o Brasil alcance a condição “net zero” até 2050 leia-se o conjunto das empresas que operam no Brasil, mais o Agrobusiness , a forma como as empresas operam vai ter de mudar radicalmente. Sendo objetivo, as empresas que operam no país vão precisar “zerar” suas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.  

Trata-se de um processo profundo de substituição tecnológica a ser implementado por todos os setores da economia, com impactos em toda economia e processos produtivos. E sim, isso vai demandar uma quantidade enorme de capital para que todas as empresas se adequem à inevitável realidade que está chegando. 

De onde virão os recursos, que não serão poucos? Alguma pequena parcela virá dos incentivos governamentais, até por uma questão de competição externa, mas não nos enganemos: o grande montante deverá vir das próprias empresas, de como elas geram o seu lucro e de quanto vão investir para continuar gerando lucro, pois afinal, sem pessoas e sem planeta, não há business e muito menos lucro. 

Um dos segmentos econômicos mais importantes da economia, o transporte de carga, tem uma responsabilidade importante sobre o desafio e, consequentemente, sobre a solução. No Brasil, trata-se da quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

O segmento do transporte de carga é um dos mais pujantes e importantes da economia brasileira, com dimensões continentais em estradas precárias. Ligam todo território brasileiro levando todo tipo de produtos a quem precisa, incrementando o comércio e gerando riqueza e bem-estar.  

Sem o setor de transporte de cargas, o Brasil não seria uma potência emergente. No Brasil, ao mesmo tempo que presta um serviço relevante e indispensável, também é a quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

Porém, essa não pode ser uma responsabilidade apenas atribuída ao setor de transporte de carga, deve ser compartilhada e também assumida em boa parte pelos embarcadores, ou seja, os contratantes das empresas de transporte de carga para, zerar as emissões de carbono do escopo 3 (que são as emissões de gases de efeito estufa originadas de operações comerciais por fontes que não são de propriedade ou controladas diretamente por uma organização, como cadeia de suprimentos, transporte, uso ou descarte de produtos). 

Voltamos a falar da visão cooperativa ao invés de competitiva. Com isso, o setor embarcador está começando a se movimentar para contribuir com a solução do problema. Um aspecto notável é que uma parte considerável dos planos de descarbonização dos embarcadores depende da descarbonização dos seus provedores de transporte. Essa é a origem das crescentes pressões percebidas pelos operadores de transporte no sentido de reduzirem suas pegadas de carbono. Ou seja, estamos falando de economia circular e de “causa e efeito”. 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030 da ONU existem por consequência de nossas atitudes do passado (e ainda, em muitos casos, do presente), focadas no paradigma Escassez X Egocentrismo. 

Os principais desafios ambientais e sociais que conhecemos, poderiam ser solucionados pela Inteligência Artificial a serviço do ser humano? Ou a capacidade dos cientistas, acadêmicos e centros de pesquisa corporativos, poderiam trazer soluções? O desafio está, sobretudo, no fato das lideranças ainda estarem se letrando sobre o tema e seu caráter inadiável. 

Na Logística, a construção de um ambiente cooperativo entre embarcadores/contratantes do transporte de carga e operadores de transporte é a chave no processo de descarbonização: com a disponibilização de planos de descarbonização pelos operadores logísticos, e para os embarcadores a abertura para rever seus processos atuais. 

Não existem soluções fáceis, pois se existissem já tínhamos resolvido o problema. Não há recursos para uma transformação tecnológica rápida (caminhões a diesel para elétricos ou híbridos), então as empresas precisam inovar, cooperar, serem vulneráveis para pedir ajuda, integrar todos stakeholders na solução do problema, ter humidade para aprenderem e serem arrojadas para avançarem. 

Gosto de uma proposta da Osklen que dei uma pequena incrementada: 

ASAP*3  

As Sustainable as Possible; 

As Soon as Possible; 

As Simple as Possible.  

  “Nem tudo que é encarado, pode ser mudado, mas nada poderá ser mudado se não for encarado” – James Baldwin  

  “Os Negócios são uma forma organizada, escalável, gratificante e autossustentável para os serem humanos se desenvolverem e servirem aos outros, sem causar danos no processo” – Raj Sisodia  

Se você não preparar o seu futuro, hoje, terá que encarar o futuro que vier.  

Hugo Bethlem

Cofundador e Presidente do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, Conselheiro de Empresas e ONGs, Advisor em ESG, palestrante e membro do Comite de ESG da Abralog.

Maximizando a eficiência energética na logística 

Por Arthur Rodrigues

No cenário competitivo da logística moderna, a eficiência energética é um diferencial crucial para o sucesso das empresas. Neste artigo, vamos explorar os principais pontos da eficiência energética na logística e como o Mercado Livre de Energia pode desempenhar um papel fundamental nesse processo. Além disso, destacamos como a parceria entre a Newave e a G2L está trazendo soluções inovadoras para esse desafio.

Utilização de tecnologia avançada

Investir em tecnologias avançadas é essencial para otimizar a eficiência energética na logística. Sistemas de gestão de frota e rastreamento em tempo real permitem um melhor controle do consumo de combustível e a identificação de oportunidades de melhoria.

Otimização de processos logísticos

Revisar e otimizar os processos logísticos pode levar a uma redução significativa no uso de energia. Desde o planejamento de rotas mais eficientes até a implementação de práticas de carga inteligente, cada etapa do processo pode ser ajustada para maximizar a eficiência energética. 

Transição para fontes de energia sustentáveis 

A adoção de fontes de energia sustentáveis, como energia solar ou eólica, pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir a pegada de carbono da logística.

Explorando o mercado livre de energia 

O Mercado Livre de Energia oferece às empresas a oportunidade de negociar contratos de energia mais flexíveis e competitivos.

Ao migrarem para esse modelo, as empresas podem reduzir significativamente seus custos com energia elétrica, em até 30%, ao mesmo tempo em que ganham maior controle sobre o consumo energético.

Isso não apenas contribui para a eficiência geral do negócio, mas também proporciona uma vantagem competitiva no mercado.

A eficiência energética na logística é essencial não apenas para reduzir custos operacionais, mas também para mitigar os impactos ambientais. Ao adotar tecnologias avançadas, otimizar processos, explorar fontes de energia sustentáveis e aproveitar as oportunidades do Mercado Livre de Energia, as empresas podem alcançar novos patamares de eficiência e competitividade.

Para saber mais sobre como a Newave e a G2L estão liderando o caminho em eficiência na logística, visite seus sites: Newave e G2L.

Arthur Rodrigues 

Arthur, líder do canal Gerdau dentro da Newave energia, tem o propósito de construir uma sinergia que leve mais valor para nossos clientes e nos diferenciar dentro do mercado.