Frota Sustentável: Impacto Real e Benefício para o Negócio

Por Danilo Jesuíno | Coordenador Monitoramento de Frotas

A sustentabilidade tem se tornado um tema central nas discussões empresariais contemporâneas. Com o aumento da conscientização sobre as mudanças climáticas e a pressão crescente por parte de consumidores e regulamentações, adotar práticas sustentáveis deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade para muitas empresas. Entre as diversas estratégias sustentáveis, a implementação de uma frota sustentável destaca-se por seus impactos positivos significativos e benefícios tangíveis para os negócios.

De acordo com a Agência Brasil, as emissões geradas pelos transportes cresceram de 5,8 gigatoneladas de CO2 para 7,5 gigatoneladas entre 2000 e 2016. Carros leves (45%) e caminhões (21%) são os principais emissores de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera dentro do âmbito dos transportes.

Analisando esse cenário, é possível observar o engajamento dos operadores logísticos brasileiros na implantação de práticas mais sustentáveis que contribuam com o enfrentamento da crise climática, tanto sob o ponto de vista do “copo meio cheio”, quanto do “copo meio vazio”. Os operadores logísticos brasileiros iniciaram essa transição com os veículos pesados a GNV em 2018. A pioneira neste tipo de equipamento foi a Scania, quando não havia infraestrutura própria para os equipamentos, com poucos postos de abastecimento e um processo lento (aproximadamente 1:30h para abastecer um caminhão). Seis anos depois, temos o conceito de “corredor azul“, que se refere a uma infraestrutura criada para permitir o uso do gás natural ou biometano. Hoje, segundo a Comgás, temos 33 postos nessas rotas, onde 10 já possuem o abastecimento de alta vazão (em menos de 20 minutos). A empresa afirma que até 2030 serão 80 postos nas rotas.

Estamos em um momento de mais um passo no caminho da eficiência energética sustentável, que é o uso dos veículos elétricos na logística. O brasileiro sempre se interessou pelo “carro elétrico”. Em 1974, através de um desafio proposto pela Eletrobrás para sua renovação de frota, o engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel desenvolveu o veículo ITAIPU E 400, com autonomia de 65 km e velocidade máxima de 60 km/h. O projeto não vingou devido ao custo elevado e à vida útil curta da bateria, resultando na fabricação de apenas 76 unidades.

Avançando para 2021, a Volkswagen (VW), após pesquisas, investiu R$ 150 milhões para desenvolver um veículo de distribuição urbana com capacidade de 11 toneladas. Grandes frotistas, incluindo a AMBEV, participaram do desenvolvimento do equipamento, gerando um contrato de intenção de compra de 1.600 caminhões.

Em 2024, a tecnologia está mais avançada e temos veículos pesados capazes de superar 150 km de autonomia e capacidade de peso de 25 toneladas. Contudo, assim como foi na época do GNV, hoje temos poucos postos apropriados para o carregamento desses veículos. Geralmente, o empresário deve investir em uma estrutura para realizar o carregamento do seu equipamento. Mas a tecnologia está cada vez mais rápida em suas respostas, e muitas empresas surgem com opções diversificadas de tecnologias de carregamento, reduzindo o custo por quilowatt-hora (kWh/km).

Um exemplo de transformação está no transporte público, onde a meta da prefeitura de São Paulo é ter 20% de ônibus elétricos até o fim de 2024. Essa é uma parceria entre a prefeitura de São Paulo, a BYD e a ENEL X (empresa de soluções elétricas de mobilidade da ENEL).

É evidente que a transição para frotas sustentáveis oferece não apenas vantagens ambientais, mas também melhoria da imagem corporativa, conformidade com regulamentações ambientais e aprovação de um público cada vez mais sensível a ações que possam mitigar catástrofes climáticas. Com investimentos contínuos e inovação tecnológica, a logística sustentável no Brasil tem o potencial de se tornar um modelo para o resto do mundo e aumentar a sua competitividade no cenário global.

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Segurança Viária: Lições do Maio Amarelo

Por Éverton Xavier | Especialista de Segurança Viária 

Todos os dias, milhões de pessoas pegam a estrada, seja a pé, de bicicleta, de moto, carro ou caminhão. No entanto, a jornada nem sempre é segura para todos. A cada ano, incontáveis vidas são perdidas e muitas mais são afetadas por acidentes de trânsito.  

Em 2023, tivemos um total de 67.723 sinistros viários no Brasil, com mais de 166.833 pessoas envolvidas. Foram 59.482 vítimas com ferimentos leves e 18.931 com ferimentos graves, resultando em 5.621 vítimas fatais. 

É por isso que iniciativas como o Maio Amarelo são tão importantes. Este movimento internacional, que ocorre anualmente, busca conscientizar a população sobre a importância da segurança viária e reduzir o número de acidentes. 

O Maio Amarelo é uma oportunidade para refletirmos sobre nossos hábitos e comportamentos no trânsito. A cor amarela simboliza a atenção e a sinalização, duas características essenciais para evitar acidentes.  

Neste mês, campanhas educativas são realizadas em todo o mundo, com o objetivo de promover a conscientização sobre temas como o respeito às leis de trânsito, a importância do uso do cinto de segurança, do capacete e de outros equipamentos de proteção, além da valorização da vida em uma direção defensiva. 

Dicas para uma jornada mais segura 

  • Respeite os limites de velocidade: o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes no trânsito. Mantenha-se dentro dos limites estabelecidos e adapte a velocidade às condições da via e do tráfego. 
  • Evite o uso do celular ao volante: a distração é um fator de risco significativo, então mantenha o celular fora do alcance e concentre-se na estrada enquanto estiver dirigindo. 
  • Use sempre o cinto de segurança: este é um dos equipamentos de segurança mais importantes em um veículo. Certifique-se de que todos os ocupantes estejam usando o cinto corretamente, inclusive os passageiros do banco traseiro. 
  • Mantenha uma distância segura: ao manter uma distância segura do veículo à sua frente, você ganha um tempo vital para reagir em caso de emergência. 
  • Não dirija sob o efeito de álcool ou drogas: o consumo de substâncias intoxicantes compromete a capacidade de dirigir com segurança. Se beber, não dirija. Opte por outras formas de transporte. 

Uma das lições mais importantes que o Maio Amarelo nos ensina é a responsabilidade compartilhada. Todos os usuários das vias públicas têm um papel a desempenhar na prevenção de acidentes. Desde os pedestres que atravessam a rua até os motoristas que dirigem nas estradas, cada um de nós deve estar atento e agir de forma responsável. 

Outro ponto crucial é a educação. É fundamental que desde cedo as crianças sejam ensinadas sobre a importância da segurança viária. Escolas, pais e instituições devem trabalhar juntos para promover uma cultura de respeito e responsabilidade no trânsito. Quanto mais cedo esses valores forem internalizados, menores serão as chances de acidentes no futuro. 

Além disso, é fundamental que as autoridades invistam em infraestrutura e políticas públicas voltadas para a segurança viária. Isso inclui a construção de faixas de pedestres, ciclovias, sinalização adequada, fiscalização eficiente e campanhas educativas contínuas. A segurança viária deve ser uma prioridade em todas as esferas do governo, e a sociedade civil também deve se engajar e cobrar medidas que garantam a proteção de todos os cidadãos nas ruas e estradas. 

O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é um lembrete de que a vida é o bem mais precioso que temos, e que devemos fazer tudo ao nosso alcance para protegê-la. Ao adotarmos uma postura responsável e solidária no trânsito, podemos salvar vidas e construir um futuro mais seguro para todos. Este mês, e em todos os meses do ano, vamos nos unir em prol da segurança viária e fazer a diferença em nossas comunidades. Juntos, podemos transformar as ruas e estradas em lugares mais seguros para todos. 

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Automação e tecnologia em Centros de Distribuição Logística

Por Maurício Matias

Os Centros de Distribuição (CDs) são pontos-chave na cadeia de suprimentos (supply chain) e desempenham um papel vital na concentração de volumes, armazenagem, execução de serviços, manuseio de carga, expedição e entrega ao cliente final.

São armazéns logísticos estruturados para atender qualquer segmento de produtos, materiais ou serviços. Geralmente, recebem cargas fechadas das fábricas, usinas ou por importação (inbound) e estocam em condições adequadas, otimizadas e seguras. Além disso, processam ou manipulam (operação warehouse) e expedem (outbound) cargas fracionadas para atendimento ao varejo.

Estabelecidos em posição geográfica estratégica e competitiva, os Centros de Distribuição se instalam próximos a grandes centros e rodovias, para melhor recebimento e escoamento de cargas.

Neste artigo, vamos explorar alguns destaques da evolução tecnológica e de automação nos processos realizados em Centros de Distribuição Logística.

Evolução em Tecnologia Logística

  • Automação

Em automação de processos e fluxos, os CDs vêm evoluindo com o avanço da tecnologia, desenvolvendo e implantando equipamentos que maximizam a produtividade no recebimento, separação, armazenagem e expedição.

Podemos citar aqui alguns equipamentos essenciais, como: elevadores verticais, empilhadeiras autônomas inteligentes, porta-pallets móveis, sorter (equipamento para separação automática a partir de código de barras ou QR Code), RFID (Radio Frequency Identification), Gestão à vista para maior assertividade da separação (picking by light), entre outros equipamentos robotizados que estabilizam processos e reduzem os prazos de entrega ao cliente final, gerando maior competividade logística.

  • Tecnologia

Os equipamentos automatizados citados já estão totalmente conectados com as mais avançadas tecnologias de informação, como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial (IA), e conversam com os mais variados sistemas de WMS (Warehouse Management System).

Cases Práticos

Aqui na G2L, por exemplo, utilizamos equipamentos de grande porte em nossos CDs, operados por controle remoto, como o controle automático de pesagem de tarugos de aço, entre outros equipamentos plugados a uma Torre de Controle gerenciadora do processo.

Através de ferramentas sistêmicas, nossa Torre de Controle realiza formatação de carga automática e roteiriza o melhor trajeto de transporte, além de monitorar e concluir a entrega ao cliente final, com acompanhamento da rota e confirmação de entrega ao contratante.

Ter o controle completo do processo (trilha do material do cliente) com processamento ágil, ao menor custo possível e buscando o menor prazo de entrega, é um dos principais objetivos a serem perseguidos por todo operador logístico que ofereça as mais avançadas soluções logísticas a seus clientes.

Em um ambiente competitivo e em constante evolução, a adoção de tecnologias avançadas e a automação se tornam imperativas para os Centros de Distribuição Logística.

A integração de equipamentos de grande porte, operados remotamente e com recursos de controle automático, aliados a uma robusta infraestrutura tecnológica, não apenas otimizam os processos logísticos, mas também elevam a eficiência e a agilidade na entrega ao cliente final.

O controle completo do processo, aliado à busca incessante por melhorias contínuas, é essencial para garantir a competitividade e a excelência na prestação de serviços.

Portanto, é fundamental que os operadores logísticos estejam sempre atentos às mais recentes inovações tecnológicas e às melhores práticas do setor, capacitando suas equipes para operar e aproveitar ao máximo o potencial dessas soluções em benefício de seus clientes e do mercado como um todo.

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A busca pela sustentabilidade na logística moderna

Por Bruno Menestrino 

A logística desempenha um papel vital na economia, movendo mercadorias de forma eficiente e mantendo o fluxo contínuo de suprimentos. No entanto, os métodos tradicionais frequentemente geram impactos ambientais significativos. 

O aumento do tráfego de veículos, as emissões de gases de efeito estufa e o uso excessivo de recursos naturais são apenas alguns dos desafios enfrentados pela logística moderna. Embora esses desafios também representem oportunidades.  

Felizmente, a crescente conscientização sobre os impactos ambientais da logística impulsionou a busca por soluções sustentáveis. As empresas estão adotando uma variedade de estratégias inovadoras para reduzir sua pegada ambiental. 

Uma abordagem fundamental é a adoção de veículos de energia mais limpa, como elétricos e híbridos, reduzindo as emissões de carbono associadas ao transporte. 

A implementação de tecnologias de monitoramento de combustível e a otimização das rotas de transporte também são estratégias bem-vindas. Essas são apenas algumas das formas pelas quais as empresas podem reduzir sua pegada ambiental. 

No entanto, a sustentabilidade na logística vai além da redução de impactos ambientais diretos. Envolve também a adoção de práticas de gestão de resíduos e de materiais mais sustentáveis, como a redução de embalagens desnecessárias e o uso de materiais reciclados. 

Além disso, a logística sustentável pode incluir a implementação de programas de reciclagem e reutilização de materiais, fechando o ciclo de vida dos produtos e minimizando o desperdício. 

Para alcançar a sustentabilidade na logística, é crucial que empresas, governos e sociedade civil trabalhem juntos em busca de soluções inovadoras.  

Isso pode incluir incentivos governamentais para a adoção de tecnologias limpas, parcerias público-privadas para desenvolver infraestrutura de transporte sustentável e iniciativas de conscientização para promover práticas responsáveis de consumo e produção. 

Aqueles que liderarem essa mudança não apenas contribuirão para um ambiente mais limpo e saudável, mas também se destacarão no mercado, ganhando a confiança e a lealdade dos consumidores conscientes.  

Às vésperas do sexto aniversário da G2L, que ocorre amanhã (11), renovamos nosso compromisso com as práticas ESG, as quais constituem um dos nossos pilares fundamentais. 

Acreditamos que a sustentabilidade na logística não é apenas um objetivo a ser alcançado, mas uma necessidade urgente em um mundo onde recursos finitos e pressões ambientais crescentes exigem ação imediata e colaborativa. 

Juntos, podemos construir um futuro em que a logística não apenas movimenta a economia, mas também protege e preserva nosso planeta para as gerações futuras.

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Desvendando a Torre de Controle G2L

Por Redação 

Imagine uma operação onde cada movimento é meticulosamente planejado e executado, onde a tecnologia não apenas facilita, mas revoluciona cada etapa do processo. A roteirização e monitoramento tornam-se a chave para a visibilidade e previsibilidade das atividades logísticas, elementos fundamentais para otimização e eficiência operacional. E se você está por dentro das tendências logísticas, sabe bem que este já não é um cenário utópico. 

A torre de controle logístico oferece uma visão panorâmica e detalhada de toda a operação logística. Embora as funcionalidades de uma torre de controle não sejam novidades para quem já atua na área logística nas últimas décadas, nesta publicação abordaremos o que há de diferencial e inovador na Torre de Controle da G2L. 

Como um centro nervoso, cada movimento é cuidadosamente monitorado e otimizado em tempo real, desde a localização das cargas até os dados de Gestão de Riscos, como o comportamento dos motoristas nas estradas. 

Como funciona nossa Torre 

  • Formatação automática das cargas: adeus às dores de cabeça causadas pela otimização de espaço nos caminhões. A Torre de Controle G2L é capaz de formatar automaticamente as cargas, fracionadas ou não, para todos os tipos de veículos, garantindo que todo o espaço seja aproveitado.  
  • Posicionamento em 3D das cargas: não se trata apenas de encaixar mercadoria em um caminhão. A Torre de Controle leva a otimização a outro nível, considerando peso, compatibilidade entre os materiais e até mesmo o equilíbrio do peso nas carretas, mitigando riscos de tombamento. Tudo isso através de um avançado posicionamento em 3D das cargas. 
  • Roteirização inteligente: a Torre de Controle G2L seleciona as rotas com base em critérios rigorosos de segurança, garantindo não apenas a entrega pontual, mas também a integridade dos motoristas e das mercadorias. 
  • Monitoramento on time e online: graças ao acompanhamento em tempo real, os gestores têm acesso às previsões e alertas de entrega atualizadas. 
  • Controle efetivo dos motoristas: desde o controle das jornadas de trabalho até o monitoramento do comportamento na estrada, a Torre de Controle garante que os motoristas estejam sempre operando com segurança e eficiência. 
  • Câmeras 360º: com uma visão completa do interior e ao redor dos caminhões, as câmeras 360º fornecem alertas instantâneos de possíveis riscos de acidentes, garantindo a segurança de todos na estrada. 
  • Monitoramento interno da cabine: Até mesmo os movimentos dentro da cabine são monitorados de perto, com câmeras identificando possíveis distrações, fadiga ou sonolência por parte dos motoristas, garantindo uma viagem segura e sem contratempos.

Benefícios e resultados 

Os benefícios e resultados proporcionados pela implementação da Torre de Controle G2L são notáveis. Com sua integração inteligente de tecnologia e processos, os clientes podem esperar uma série de vantagens tangíveis, como: 

  • Aprimoramento da eficiência operacional, resultando em processos mais ágeis e produtivos. 
  • Redução significativa de custos operacionais, tanto em termos de tempo quanto de recursos financeiros. 
  • Aumento da segurança nas estradas, com monitoramento em tempo real e identificação proativa de potenciais riscos. 
  • Garantia de satisfação do cliente, assegurando entregas pontuais, precisas e transparentes, que fortalecem a confiança e fidelidade do cliente. 

Esses benefícios combinados otimizam as operações logísticas e contribuem para uma experiência global aprimorada, tanto para as empresas quanto para seus clientes. 

Portanto, a Torre de Controle G2L não é apenas uma peça de tecnologia, mas um símbolo de inovação e excelência na gestão logística. Ao reunir o poder da roteirização inteligente e monitoramento detalhado, ela transforma desafios complexos em soluções simples e eficazes.

Cada vez mais, investir em tecnologias como esta não é apenas uma opção, mas uma necessidade. É o caminho para se destacar no mercado, garantindo operações logísticas mais eficientes, seguras e alinhadas com as expectativas dos clientes. 

Quer saber mais? Estamos abertos a receber visitas em nossa Torre de Controle, em São Paulo. Venha falar com nosso time e conhecer com mais detalhes o que podemos oferecer para redefinir a eficiência operacional.

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Crédito de Carbono na Logística

Por Hugo Bethlem 

Sustentabilidade ambiental é um tema fundamentalmente econômico, mas também tem um impacto vital para a vida na Terra. 

Imagine que toda a humanidade é uma grande empresa. Todos os colaboradores dessa empresa são pessoas e, se não cuidarmos delas, não teremos negócio. 

Os pré-requisitos para que os negócios aconteçam, ou seja, para a sobrevivência dos seres humanos, são: água potável, ar respirável e comida saudável, sendo a emissão de gases poluentes o grande risco para essa empresa. Zerar as emissões de carbono dos negócios, assim como das empresas de transporte de cargas, é uma missão que ganha cada vez mais urgência. 

O site CredCarbo contribui para o debate, reforçando que “a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas tem gerado uma busca incessante por soluções que abordem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de diversas atividades humanas. Nesse cenário, os créditos de carbono emergem como uma abordagem inovadora e vital. 

Em essência, os créditos de carbono representam uma medida quantificável das emissões de dióxido de carbono e outros gases que contribuem para o aquecimento global. Empresas ou organizações que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um nível preestabelecido recebem créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado. Por outro lado, as entidades que não conseguem cumprir suas metas de emissões podem adquirir esses créditos, possibilitando um sistema de trocas que incentiva a redução coletiva de emissões. 

O transporte tem um papel importante nas emissões globais de gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), os óxidos de nitrogênio (NOx) e as partículas suspensas. Essas emissões decorrem principalmente da queima de combustíveis fósseis em veículos movidos a gasolina e diesel. Essas emissões contribuem diretamente para o aumento do efeito estufa, levando ao aquecimento global e às mudanças climáticas. 

Além disso, o transporte rodoviário, aéreo e marítimo também tem impactos negativos na qualidade do ar devido às emissões de poluentes atmosféricos, como o material particulado e o ozônio troposférico. Para mitigar esses impactos, é crucial promover a transição para formas de transporte mais sustentáveis, como veículos elétricos e a utilização de fontes de energia renovável”.  

O aquecimento global e seus impactos devastadores nas Mudanças Climáticas são reais e não podem ser desprezados. Esse último ano tivemos a média mais quente de temperatura global desde a pré-industrialização, além da temperatura média mais quente dos oceanos. Se nosso objetivo de sobrevivência é não permitirmos que a temperatura média do planeta suba 1,5 ºC até 2050, em comparação à pré-industrialização já estamos devendo, pois já chegamos a +1,77ºC. Vamos ter que regredir, pois apenas frear o avanço já não será suficiente. 

É preciso destacar que sustentabilidade ambiental é, antes de tudo, um problema ambiental global, crítico e urgente. 

“No entanto, a história mostra que problemas coletivos cujas soluções demandam ações individuais são resolvidos efetiva e fundamentalmente por meio de instrumentos econômicos que impõem à condição de “não fazer nada” um custo maior do que o custo de “fazer alguma coisa”. Esse é o princípio por trás das regulações em todo o mundo, inclusive no Brasil.” – Rafael Fanchini – founder e CEO da Verda. 

O tema tem sido uma preocupação diária em várias companhias brasileiras, de todos os setores, mas entre ser uma preocupação e fazer algo a respeito tem uma enorme diferença. 

As pressões vêm de todos os lados, desde colaboradores engajados e das novas gerações, clientes, conselhos, agentes reguladores, bancos, agências de rating, bolsa de valores. Não dá para não agir, muito menos ignorar. É fato que as empresas, em todo o Brasil e no mundo, devem assumir a sua responsabilidade no combate ao problema das mudanças climáticas. 

Tenho escrito e dito que as empresas terão que implantar e praticar os pilares do ESG por um dos três Cs: Convicção, Compliance ou Constrangimento. Um mais caro que o outro, em investimento e principalmente em reputação. Gostaria que as decisões fossem por Convicção e, inclusive, algumas empresas líderes e protagonistas até estão trilhando este caminho e deveriam ser copiadas, afinal essa não é uma questão competitiva, mas sim cooperativa.  

Entretanto, muitas empresas farão o movimento por Compliance, para isso o projeto de lei 2148/2015 que estabelece o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Aprovado em dezembro pela Câmara dos Deputados e agora em análise pelo Senado Federal, o objetivo é contribuir para efetivas iniciativas no combate às mudanças climáticas no Brasil. Pode não ser perfeita, mas será muito útil e necessária.  

O desafio 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou em outubro do ano passado a Resolução 193 que dispõe sobre a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas a sustentabilidade ambiental, que tem como base as normas IFRS S1 e S2 publicadas pelo International Sustainability Standards Board – ISSB. 

Pode não ser perfeito, poderíamos ter adotado European Sustainability Reporting Standards – ESRS bem mais amplo e avançado, mas, melhor feito do que perfeito. Com base nessa resolução, as empresas de capital aberto serão obrigadas a publicar tal relatório, assegurado por auditor independente, a partir de 1 de janeiro de 2026. 

O grande desafio, que a maioria das empresas ainda não tem respostas claras e economicamente viáveis é a transição para descarbonização da economia até, no máximo, 2050. Lembramos que Sustentabilidade é um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. 

É a capacidade de uso dos recursos naturais sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. 

Para que o Brasil alcance a condição “net zero” até 2050 leia-se o conjunto das empresas que operam no Brasil, mais o Agrobusiness , a forma como as empresas operam vai ter de mudar radicalmente. Sendo objetivo, as empresas que operam no país vão precisar “zerar” suas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.  

Trata-se de um processo profundo de substituição tecnológica a ser implementado por todos os setores da economia, com impactos em toda economia e processos produtivos. E sim, isso vai demandar uma quantidade enorme de capital para que todas as empresas se adequem à inevitável realidade que está chegando. 

De onde virão os recursos, que não serão poucos? Alguma pequena parcela virá dos incentivos governamentais, até por uma questão de competição externa, mas não nos enganemos: o grande montante deverá vir das próprias empresas, de como elas geram o seu lucro e de quanto vão investir para continuar gerando lucro, pois afinal, sem pessoas e sem planeta, não há business e muito menos lucro. 

Um dos segmentos econômicos mais importantes da economia, o transporte de carga, tem uma responsabilidade importante sobre o desafio e, consequentemente, sobre a solução. No Brasil, trata-se da quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

O segmento do transporte de carga é um dos mais pujantes e importantes da economia brasileira, com dimensões continentais em estradas precárias. Ligam todo território brasileiro levando todo tipo de produtos a quem precisa, incrementando o comércio e gerando riqueza e bem-estar.  

Sem o setor de transporte de cargas, o Brasil não seria uma potência emergente. No Brasil, ao mesmo tempo que presta um serviço relevante e indispensável, também é a quarta atividade econômica que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera. 

Porém, essa não pode ser uma responsabilidade apenas atribuída ao setor de transporte de carga, deve ser compartilhada e também assumida em boa parte pelos embarcadores, ou seja, os contratantes das empresas de transporte de carga para, zerar as emissões de carbono do escopo 3 (que são as emissões de gases de efeito estufa originadas de operações comerciais por fontes que não são de propriedade ou controladas diretamente por uma organização, como cadeia de suprimentos, transporte, uso ou descarte de produtos). 

Voltamos a falar da visão cooperativa ao invés de competitiva. Com isso, o setor embarcador está começando a se movimentar para contribuir com a solução do problema. Um aspecto notável é que uma parte considerável dos planos de descarbonização dos embarcadores depende da descarbonização dos seus provedores de transporte. Essa é a origem das crescentes pressões percebidas pelos operadores de transporte no sentido de reduzirem suas pegadas de carbono. Ou seja, estamos falando de economia circular e de “causa e efeito”. 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030 da ONU existem por consequência de nossas atitudes do passado (e ainda, em muitos casos, do presente), focadas no paradigma Escassez X Egocentrismo. 

Os principais desafios ambientais e sociais que conhecemos, poderiam ser solucionados pela Inteligência Artificial a serviço do ser humano? Ou a capacidade dos cientistas, acadêmicos e centros de pesquisa corporativos, poderiam trazer soluções? O desafio está, sobretudo, no fato das lideranças ainda estarem se letrando sobre o tema e seu caráter inadiável. 

Na Logística, a construção de um ambiente cooperativo entre embarcadores/contratantes do transporte de carga e operadores de transporte é a chave no processo de descarbonização: com a disponibilização de planos de descarbonização pelos operadores logísticos, e para os embarcadores a abertura para rever seus processos atuais. 

Não existem soluções fáceis, pois se existissem já tínhamos resolvido o problema. Não há recursos para uma transformação tecnológica rápida (caminhões a diesel para elétricos ou híbridos), então as empresas precisam inovar, cooperar, serem vulneráveis para pedir ajuda, integrar todos stakeholders na solução do problema, ter humidade para aprenderem e serem arrojadas para avançarem. 

Gosto de uma proposta da Osklen que dei uma pequena incrementada: 

ASAP*3  

As Sustainable as Possible; 

As Soon as Possible; 

As Simple as Possible.  

  “Nem tudo que é encarado, pode ser mudado, mas nada poderá ser mudado se não for encarado” – James Baldwin  

  “Os Negócios são uma forma organizada, escalável, gratificante e autossustentável para os serem humanos se desenvolverem e servirem aos outros, sem causar danos no processo” – Raj Sisodia  

Se você não preparar o seu futuro, hoje, terá que encarar o futuro que vier.  

Hugo Bethlem

Cofundador e Presidente do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, Conselheiro de Empresas e ONGs, Advisor em ESG, palestrante e membro do Comite de ESG da Abralog.

Maximizando a eficiência energética na logística 

Por Arthur Rodrigues

No cenário competitivo da logística moderna, a eficiência energética é um diferencial crucial para o sucesso das empresas. Neste artigo, vamos explorar os principais pontos da eficiência energética na logística e como o Mercado Livre de Energia pode desempenhar um papel fundamental nesse processo. Além disso, destacamos como a parceria entre a Newave e a G2L está trazendo soluções inovadoras para esse desafio.

Utilização de tecnologia avançada

Investir em tecnologias avançadas é essencial para otimizar a eficiência energética na logística. Sistemas de gestão de frota e rastreamento em tempo real permitem um melhor controle do consumo de combustível e a identificação de oportunidades de melhoria.

Otimização de processos logísticos

Revisar e otimizar os processos logísticos pode levar a uma redução significativa no uso de energia. Desde o planejamento de rotas mais eficientes até a implementação de práticas de carga inteligente, cada etapa do processo pode ser ajustada para maximizar a eficiência energética. 

Transição para fontes de energia sustentáveis 

A adoção de fontes de energia sustentáveis, como energia solar ou eólica, pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir a pegada de carbono da logística.

Explorando o mercado livre de energia 

O Mercado Livre de Energia oferece às empresas a oportunidade de negociar contratos de energia mais flexíveis e competitivos.

Ao migrarem para esse modelo, as empresas podem reduzir significativamente seus custos com energia elétrica, em até 30%, ao mesmo tempo em que ganham maior controle sobre o consumo energético.

Isso não apenas contribui para a eficiência geral do negócio, mas também proporciona uma vantagem competitiva no mercado.

A eficiência energética na logística é essencial não apenas para reduzir custos operacionais, mas também para mitigar os impactos ambientais. Ao adotar tecnologias avançadas, otimizar processos, explorar fontes de energia sustentáveis e aproveitar as oportunidades do Mercado Livre de Energia, as empresas podem alcançar novos patamares de eficiência e competitividade.

Para saber mais sobre como a Newave e a G2L estão liderando o caminho em eficiência na logística, visite seus sites: Newave e G2L.

Arthur Rodrigues 

Arthur, líder do canal Gerdau dentro da Newave energia, tem o propósito de construir uma sinergia que leve mais valor para nossos clientes e nos diferenciar dentro do mercado. 

9 Hábitos para preservar sua saúde mental em longas viagens 

Por Redação 

Encarar longas viagens de caminhão é um desafio único, onde as estradas se tornam rotina e a solidão pode pesar. Em meio a quilômetros de asfalto, a saúde mental dos caminhoneiros merece atenção especial. Você já se perguntou o que fazer para preservar o equilíbrio emocional durante essas jornadas intensas? 

Neste breve guia, exploraremos 9 Hábitos para preservar sua saúde mental em longas viagens. Descubra estratégias práticas e inspiradoras que podem transformar sua experiência na estrada, proporcionando bem-estar mental e emocional. Embarque conosco nesta jornada de autocuidado, onde a saúde mental se torna uma prioridade. 

Continue a leitura e descubra como transformar cada quilômetro em um passo em direção ao bem-estar emocional. 

Hábitos para sua saúde mental 

  • Crie uma rotina equilibrada: Estabeleça horários regulares para alimentação, descanso e exercícios. Uma rotina estruturada ajuda a manter o equilíbrio e a reduzir o estresse durante as viagens. 
  • Conecte-se com a natureza: Aproveite as paradas para momentos ao ar livre. A natureza tem um poder tranquilizante, proporcionando uma pausa revigorante na intensidade da estrada. 
  • Mantenha contato com entes queridos: Utilize a tecnologia para manter laços afetivos. Em momentos de pausa, chamadas de vídeo e mensagens podem ser uma ponte vital entre a solidão da estrada e o conforto familiar. 
  • Entretenimento positivo e seguro: Invista em audiobooks, podcasts inspiradores ou playlists animadas para passar o tempo. As opções em áudio são valiosas, já que não emitem estímulos visuais e garantem seus olhos e atenção fixos na estrada. O entretenimento pode ser um companheiro valioso, tornando a jornada mais leve e agradável. 
  • Foco na alimentação saudável: Faça escolhas conscientes em relação à alimentação. Opte por refeições equilibradas para manter a energia e promover o bem-estar físico e mental. Os alimentos exercem muito impacto no nosso senso de humor, atenção e fadiga mental. 
  • Planeje paradas estratégicas: Programe paradas regulares em locais interessantes. Explorar novos lugares e culturas pode adicionar um toque de aventura às suas viagens. 
  • Pratique exercícios simples: Mesmo em espaços limitados, exercícios simples como alongamentos podem melhorar a circulação e aliviar a tensão acumulada. 
  • Promova o companheirismo: Converse com outros caminhoneiros em paradas. O compartilhamento de experiências pode criar laços sociais valiosos, combatendo a solidão. 
  • Esteja atento aos sinais de estresse: Reconheça sinais precoces de estresse e procure ajuda quando necessário. A conscientização é a chave para manter a saúde mental em equilíbrio. 

Adotar esses hábitos não apenas preserva a saúde mental, mas também transforma a jornada na estrada em uma oportunidade de crescimento pessoal. Afinal, cada quilômetro percorrido pode ser uma jornada em direção ao bem-estar integral. 

Em cada estrada, em cada quilômetro, sua saúde mental merece atenção. Adotar hábitos simples pode transformar a solidão da estrada em oportunidades de cuidado pessoal. Mantenha uma rotina equilibrada, conecte-se com a natureza, e lembre-se sempre da importância da família.  

Seja um motorista que se preocupa com seu bem-estar, cuidando da mente e do corpo. Acompanhe mais dicas e conteúdos em nossas redes sociais, sempre como @logisticag2l. 

Compartilhe esse conhecimento valioso e junte-se a nós na promoção da saúde mental nas estradas! 

A estrada pode ser longa, mas sua jornada pode ser mais saudável e equilibrada. Cuide de você, cuide da sua mente. Até a próxima parada! 

Produtividade no ambiente de trabalho 

Por Carolina Tau – Especialista de Treinamento 

Em um mundo cada vez mais acelerado e hiper conectado, a produtividade no trabalho é um dos elementos chave para o sucesso profissional.

O tempo é um recurso importante e nada pode ser feito sem ele. Quem não cuida do seu tempo, acaba perdendo oportunidades e deixando de realizar tarefas necessárias.

Quando pensamos em produtividade e gestão do tempo, precisamos levar em consideração que a utilização do tempo é sempre uma escolha e quem faz boas escolhas acaba sendo mais produtivo.

Aqui estão algumas estratégias e ferramentas que podem ser úteis para melhorar o aproveitamento do seu tempo e, consequentemente, aumentar a produtividade:

Planejamento e organização 

Um bom planejamento é fundamental para garantir a produtividade. Metas claras e listas de tarefas diárias ou semanais podem ajudar a manter o foco. Utilizar ferramentas como agendas, aplicativos ou softwares de gerenciamento de tarefas ajudam na organização de suas atividades e controle de progresso. Lembre-se de revisar seu planejamento periodicamente.

Bons exemplos de ferramentas que ajudam no planejamento e organização de tarefas são o Trello e o Todoist. Com eles, você pode criar listas de tarefas, definir prazos e organizar suas atividades diárias.

Foque no que é importante 

Nem todas as tarefas têm a mesma importância. Aprender a identificar e priorizar as atividades mais relevantes é fundamental para direcionar sua energia para o que realmente importa. Uma técnica que pode ser utilizada é a de dividir as tarefas em categorias, como urgente, importante e não urgente. A partir disso, você deve focar primeiro nas atividades urgentes e importantes. Além disso, tenha cuidado para não se sobrecarregar com mais tarefas do que pode cumprir. Aprender a dizer não é fundamental

Focar no que é importante fica mais fácil se você usa ferramentas como Asana e Notion. A partir delas, você tem grande liberdade para organizar e priorizar as tarefas a serem realizadas. Assim, você garante que as atividades serão realizadas de forma inteligente e sistemática.

Gestão do tempo 

Para aproveitar melhor o seu tempo, identifique os períodos de maior produtividade durante o dia e os escolha para a realização de tarefas mais complexas. Utilizar técnicas de gerenciamento de tempo, como a técnica Pomodoro, que consiste em trabalhar por períodos concentrados, seguidos de pequenas pausas, pode aumentar o foco e a produtividade.

E para ajudar você a aplicar a técnica Pomodoro, você pode experimentar ferramentas como Focus Booster ou Tomato Timer, temporizadores para controlar os períodos de foco com as pequenas pausas.

Eliminação de distrações 

As distrações são inimigas da produtividade. Saiba quais são as principais fontes de distração no seu ambiente de trabalho e faça algo para minimizá-las. Isso pode incluir desligar as notificações do celular, fechar abas desnecessárias no navegador da web ou encontrar um local tranquilo onde possa se concentrar.

Forest é um aplicativo que incentiva a concentração e te ajuda a eliminar distrações ao bloquear o acesso a certos aplicativos no seu celular durante o período de trabalho.

Delegação e automação 

Uma dica valiosa para a produtividade é: não tente fazer tudo sozinho. Delegue tarefas que podem ser realizadas por outras pessoas e libere seu tempo para concentrar-se nas atividades mais importantes. Aproveite as ferramentas de automação disponíveis para agilizar o que é recorrente.

No intuito de delegar e automatizar, você pode usar ferramentas como o Zapier, uma plataforma de automação que integra várias ferramentas, permitindo a automação de processos e economizando tempo em tarefas repetitivas. E até mesmo o ChatGPT para realizar tarefas como escrever e-mails, preencher tabelas e muito mais.

Equilíbrio entre trabalho e descanso 

É importante encontrar um equilíbrio entre o trabalho e o descanso para evitar o esgotamento e a diminuição da eficiência. Faça pausas regulares durante o dia, reserve tempo para relaxar e recarregar as energias fora do ambiente de trabalho.

Nesse caso, a ferramenta Focus@Will pode te ajudar ao fornecer músicas específicas para melhorar a concentração, criando um ambiente propício para o trabalho, enquanto também incentiva pausas regulares para manter o equilíbrio.

Com exceção do Focus@Will, que disponibiliza apenas um teste grátis por período limitado, todas as outras ferramentas e aplicativos citados nesse artigo oferecem versões básicas e gratuitas para você usar e ver qual se adapta melhor às suas necessidades. Faça os testes e veja qual opção pode te ajudar a manter uma rotina saudável e produtiva. 

Esses são apenas alguns exemplos de estratégias e ferramentas para gestão do tempo, porém, cada pessoa é única e deve experimentar até encontrar a estratégia que funciona melhor para você. A produtividade não se trata de fazer mais, mas de fazer o que importa de forma eficaz

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Panorama da Gestão Logística na Atualidade 

Por Prof. Manoel de Andrade e Silva Reis – FGV 

A logística tem se tornado cada vez mais um fator estratégico para o bom desempenho dos negócios de um país, de sua competitividade internacional e da competividade das organizações. 

Sua evolução depende de fatores essenciais como a infraestrutura física de transportes do país – essencial para a utilização adequada e equilibrada dos diversos modais de transporte -, bom comportamento de sua economia, redução da burocracia, custo dos combustíveis, racionalização e redução dos impostos, simplificação dos controles nas fronteiras interestaduais, além de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG). 

A implementação efetiva de muitos desses elementos está intrinsecamente ligada às decisões tomadas pelos três níveis de governo, pelo Congresso Nacional e pelo Judiciário. Nesse contexto, é imperativo que o setor privado intervenha de maneira proativa e organizada, buscando facilitar a concretização dessas medidas em prazos apropriados. 

Em termos de infraestrutura física de transportes, o Brasil ocupa no mundo uma posição não condizente com seu porte como país, o que é um contrassenso, tendo em vista que nossa economia tem, nos últimos anos, se situado entre a 8ª e a 10ª economia do mundo e a infraestrutura de transportes do país situa-se no entorno da 70ª posição. 

A matriz brasileira de transporte de cargas conta com a seguinte participação aproximada dos diversos modais de transportes: rodoviário 61%, ferroviário 20%, cabotagem 12% dutoviário 4%, fluvial 2%, aéreo 1%, segundo dados da CNT. Uma alta participação do rodoviário, cuja rede é ainda insuficiente e em grande parte de baixa qualidade. 

Em comparação, a matriz de transportes dos Estados Unidos tem: rodoviário 31%, ferroviário 37%, aquaviário 10% e outros 22%. É notável a diferença expressiva com uma grande participação do ferroviário. 

No Brasil, a pouca utilização do ferroviário se explica pela baixa disponibilidade de linha, totalizando aproximadamente 30 mil km (excluídas as linhas destinadas ao transporte urbano). Essa restrição está prestes a ser superada com a promulgação da Lei nº 14.273/2021, que agora possibilita às empresas solicitar diretamente ao governo federal autorizações para a construção de ferrovias em todo o país, rompendo com a antiga necessidade de participar exclusivamente de leilões conduzidos pela ANTT. 

Fatores direcionadores 

Dentro deste contexto, há diversos fatores que podem ser úteis para os profissionais e empresas de logística no Brasil e seus usuários. 

  • E-Commerce: Atualmente o e-commerce no Brasil tem sido utilizado de forma extensiva, responsável por 42% do comércio online na América Latina. Profissionais do e-commerce e da logística precisam acompanhar a evolução das tendências para melhor escolha nas tomadas de decisão. 
  • Políticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG): Sigla, em inglês, que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. De forma resumida, a ESG serve como parâmetro para orientar as empresas na aplicação dos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa, que podem trazer diversos benefícios para a percepção de valor das empresas operadoras e usuárias de logística. Empresas, governos e pessoas serão crescentemente cobrados para exercer a prática do ESG. 
  • Logística como Serviço (LaaS – do inglês Logística as a Service): A logística tornou-se uma capacidade vital para as empresas e tem custos elevados, especialmente em virtude das necessidades de investimentos. A terceirização das operações logísticas por usuários, para empresas confiáveis e competentes exige controle, mas permite a rápida atualização dos processos operacionais, praticamente sem investimentos. 
  • Transporte de Longa Distância e Última Milha: O transporte de longa distância é em geral feito por veículos de maior porte (carretas, trens, embarcações marítimas ou fluviais), buscando reduzir os custos do transporte pelo grande volume transportado. Já o transporte final ao cliente, normalmente designado “última milha”, é realizado por veículos de menor porte, e corresponde a um custo por unidade de carga, em geral superior ao custo unitário do transporte de longa distância. 
  • Crescimento do Setor de Transportes x Crescimento da Economia: Uma informação importante é que na medida que a economia cresce 1%, o setor de transportes cresce 2%, servindo isso como referência para prestadores de serviço logístico, no tocante à gestão de suas frotas e capacidades logísticas. 
  • Logística em Tempo Real e Torre de Controle: A principal providência para o bom andamento do processo logístico de uma empresa é aumentar a visibilidade de toda sua cadeia de abastecimento, o que tem sido possível através do conceito de Torre de Controle, já utilizado por diversas organizações. De maneira prática, a torre de controle é uma central de integração que reúne e dá acesso, em tempo real, às informações das operações de uma empresa e permite a visualização e o controle das principais atividades de uma cadeia de abastecimento. 
  • Logística 4.0: A logística 4.0 é a automação e o uso da tecnologia dentro de todas as etapas que compõem a logística. Com softwares e tecnologias que auxiliam cada parte da cadeia de abastecimento, a logística 4.0 oferece aos profissionais dessa área a chance de automatizar seus processos e economizar tanto recursos físicos quanto financeiros. 
  • SLA (Service Level Agreement) – Acordo de Nível de Serviço: O Acordo de Nível de Serviço pode ser definido como um documento responsável por formalizar termos de serviço e, quando bem aplicado, garante não só uma operação mais efetiva, como também um relacionamento mais saudável com clientes e fornecedores da sua empresa. O SLA transmite segurança na execução dos acordos e serviços, tanto para o contratante quanto para o contratado, garantindo a transparência e o cumprimento de tudo que foi acordado. 
  • Gestão de Riscos: O tema riscos vem ganhando importância crescente, tendo em vista que gestores são cada vez mais pressionados para melhorar a eficiência de suas cadeias de abastecimento, fazendo os materiais fluírem de forma rápida e a baixo custo, o que induz a criação de novos métodos que tendem a aumentar a vulnerabilidade das cadeias. De maneira geral, esses gestores têm que lidar constantemente com atrasos em entregas, acréscimos de preços, incidentes internos nas organizações, acidentes em rodovias e congestionamentos de tráfego, desastres naturais e uma série de outras ocorrências. Muitos eventos podem afetar o desempenho das cadeias de abastecimento longas e complexas e esses eventos inesperados caracterizam os riscos.  A Gestão de Riscos na Cadeia de Abastecimento é a função responsável por fazer sua gestão. 
  • Resiliência: Resiliência é a capacidade de reagir adequadamente em situações difíceis ou de fontes significativas de estresse. Na prática, significa que diante de uma adversidade, a pessoa utiliza sua força interior para se recuperar com leveza e sabedoria. Este conceito é essencial na gestão empresarial moderna, que traz no dia a dia momentos de tensão de várias origens. 

Em suma, a gestão logística contemporânea revela-se como uma trama intricada, onde fatores como infraestrutura, economia, ESG, tecnologia e resiliência se entrelaçam para moldar o cenário. A resiliência, inerente à natureza do setor, assume papel crucial em meio a adversidades. Que este panorama inspire reflexões e ações, impulsionando a busca por soluções inovadoras que promovam a eficiência e a sustentabilidade na gestão logística, contribuindo para o progresso econômico e social. 

Espero que este conjunto de conceitos em logística e fatores direcionadores sejam uma inspiração para você, leitor. 

Quem é Manoel Reis  

Atua na FGV Projetos, uma entidade da Fundação Getúlio Vargas que presta consultoria a empresas e governos, nas mais diversas áreas. Manoel Reis é consultor e professor de Logística e Supply Chain. Engenheiro Naval e Mestre pela Escola Politécnica USP e Ph.D pelo MIT.