Cibersegurança na Logística: Protegendo Dados Sensíveis

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Por Melqui Souza – Coordenador de Infraestrutura na G2L 

A cibersegurança evoluiu rapidamente desde a criação da internet em 1969, quando a primeira conexão foi estabelecida entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford. Inicialmente, era um tema de preocupação apenas para grandes empresas e agências governamentais, mas com o avanço e popularização da tecnologia, tornou-se essencial em todos os setores da sociedade. 

A cibersegurança é um tema crítico para empresas de todos os portes e setores. Buscando fomentar a compreensão sobre esse aspecto, vamo explorar hoje a Cibersegurança na logística: protegendo dados sensíveis. Acompanhe conosco e boa leitura! 

Os primórdios da segurança cibernética 

A necessidade de segurança cibernética surgiu com a capacidade dos primeiros computadores de se conectar e transferir informações. Nas décadas de 1950 e 1960, foram desenvolvidas as primeiras redes e, com elas, as bases da cibersegurança. Um marco importante foi a criação da Internet em 1969, um desenvolvimento liderado pela ARPA do Pentágono, que marcou o nascimento do ciberespaço. 

Durante a Guerra Fria, a intensificação das tensões entre os EUA e a União Soviética aumentou a preocupação com espionagem digital. Em resposta, o Departamento de Defesa dos EUA publicou, em 1987, o Livro Laranja, um guia para identificar ameaças e implementar medidas de segurança eficazes. 

Ameaças cibernéticas e seus impactos 

As ameaças cibernéticas, como ransomware, phishing, ataques DDoS, malware e injeções de SQL, representam riscos significativos para as organizações. Essas ameaças podem causar prejuízos financeiros enormes e paralisar operações. 

De acordo com o relatório da IBM de 2023 sobre o custo de violações de dados, o impacto financeiro médio global dos ataques cresceu 15% nos últimos três anos e já atinge 4,45 milhões de dólares. 

Cibersegurança na logística e medidas de proteção 

A cibersegurança é crucial no setor logístico devido à dependência de sistemas de informação e tecnologia para gerenciar operações. Cada fornecedor na cadeia de abastecimento representa um potencial ponto de vulnerabilidade que pode ser explorado por invasores. 

Para proteger dados e sistemas, as empresas devem adotar várias medidas proativas: 

  1. Monitoramento contínuo: acompanhar continuamente os sistemas de TI e redes para identificar atividades suspeitas. 
  2. Plano de resposta a incidentes: ter um plano bem definido para reagir rapidamente a ataques cibernéticos. 
  3. Ambiente redundante e recuperação de desastres: garantir a recuperação rápida de serviços em caso de incidentes. 
  4. Testes de penetração: realizar Pentests regularmente para identificar e corrigir vulnerabilidades. 
  5. Proteção de sistemas de armazenamento e distribuição: utilizar firewalls, antivírus e medidas de detecção de intrusos para proteger sistemas de controle de estoque e gerenciamento de armazéns. 
  6. Autenticação robusta: implementar medidas de autenticação para proteger a integridade das entregas e monitorar atividades suspeitas em tempo real. 

A segurança na cadeia de abastecimento depende das medidas adotadas por cada elo. É crucial que as informações compartilhadas com fornecedores respeitem os requisitos de segurança cibernética. Análises cuidadosas de fornecedores, especialmente quanto à origem e vulnerabilidade dos softwares, são recomendadas para garantir a proteção de dados.  

Investir na formação contínua dos colaboradores também é essencial para evitar falhas de segurança. Treinamentos sobre gestão de credenciais e uso adequado de equipamentos ajudam a prevenir ataques como phishing. Cursos, workshops e materiais de conscientização são ferramentas eficazes para educar os funcionários. 

Além disso, o backup de dados criticos é uma prática fundamental para a preservação da empresa e das informações pessoais, ajudando a conter riscos financeiros e ataques virtuais, além de mitigar os custos associados a violações de dados. 

À medida que a tecnologia avança, os riscos de crimes virtuais também aumentam. O setor logístico, em particular, deve elevar seu nível de proteção para enfrentar ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.  

A adoção de tecnologias emergentes como firewalls de próxima geração, inteligência artificial e blockchain pode transformar o cenário de ameaças na logística, proporcionando um ambiente mais seguro para as operações e para os negócios. 

Gostou do artigo? Fique atento às tendências de tecnologia e inovação conosco para se manter atualizado. 

 

Glossário 

  • Cibersegurança: Medidas de proteção contra ataques e ameaças cibernéticas em sistemas de informação. 
  • Ransomware: Tipo de malware que criptografa os dados de uma vítima, exigindo um resgate para restaurar o acesso. 
  • Phishing: Método de fraude em que atacantes se disfarçam como entidades confiáveis para obter informações sensíveis. 
  • DDoS (Distributed Denial-of-Service): Ataque que sobrecarrega um sistema com tráfego excessivo, causando indisponibilidade. 
  • Malware: Software malicioso projetado para causar danos ou acessar sistemas sem autorização. 
  • Injeção de SQL: Técnica de ataque que insere código malicioso em consultas SQL para manipular bancos de dados. 
  • Pentest (Testes de Penetração): Simulação de ataques a um sistema para identificar vulnerabilidades e avaliar a segurança. 
  • Firewall: Dispositivo ou software que controla o tráfego de rede com base em regras de segurança predefinidas. 
  • Inteligência Artificial (IA): Tecnologia que permite que máquinas realizem tarefas que normalmente requerem inteligência humana. 
  • Blockchain: Sistema de registro descentralizado que garante a segurança e integridade das transações digitais. 

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